É formada emTerapia Cognitivo Comportamental, Uniad - Unifesp, 2015. É Especialista em Psicopatologia (Saúde Mental) e D...
iRedatora entusiasta de beleza e nutrição, autora de reportagens sobre alimentação, receitas saudáveis e cuidados pessoais.
iAlguns estudos sugerem há anos que as mulheres possuem uma maior predisposição genética do que os homens para ansiedade e depressão pois experimentam mais alterações hormonais ao longo da vida, como durante o ciclo menstrual, gravidez e menopausa.
Para a psicóloga Tatiane de Paula, a diferença na prevalência desses transtornos mentais entre homens e mulheres vai além do fator hormonal e pode ser influenciada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais.
“Além dos fatores biológicos, muitas vezes mulheres lidam com múltiplas responsabilidades, como cuidar da família, conciliar trabalho, vida pessoal, o que pode aumentar o estresse e a sobrecarga emocional”, pontua a especialista.
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Fatores que contribuem para maior vulnerabilidade feminina
Segundo a psicóloga, existem diversos fatores que contribuem para que as mulheres apresentem uma maior vulnerabilidade aos transtornos mentais em comparação aos homens, como:
- Papel de gênero, como a pressão para conciliar múltiplos papéis
- Estresse ocupacional, como sobrecarga de responsabilidades no trabalho e em casa
- Desigualdade de gênero
- Experiência de violência ou abuso
- Sexismo e pressão por padrões de beleza
- Falta de acesso a recursos de saúde mental
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Sintomas de depressão e ansiedade
Embora os sintomas de depressão e ansiedade possam se manifestar de maneira semelhante, tanto em homens quanto mulheres, as mulheres podem relatar sintomas mais graves.
“As mulheres apresentam uma maior tendência de internalizar suas emoções e, consequentemente, isso pode resultar em uma percepção mais intensa do sofrimento emocional”, esclarece Tatiane.
Os sintomas mais comuns da depressão, incluem:
- Tristeza persistente
- Falta de interesse em atividades
- Alterações de apetite e no sono
- Sentimento de desesperança
- Baixa autoestima
Os sintomas mais comuns da ansiedade, incluem:
- Preocupação excessiva
- Tensão muscular
- Irritabilidade
- Dificuldade de concentração
- Palpitações
- Problemas gastrointestinais
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Diferença de gênero impacta na resposta ao tratamento
Segundo a médica, a diferença de gênero pode influenciar na resposta do tratamento da depressão e ansiedade.
“As mulheres tendem a buscar mais apoios sociais e são mais propensas a participar de tratamentos psicoterapêuticos. Já os homens, podem ser mais irregulares em buscar ajuda devido a questões de norma de gênero que enfatizam essa independência e autossuficiência, que são os padrões sociais”, explica a psicóloga.
Além disso, as mulheres tendem a responder positivamente a determinadas abordagens terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental, enquanto os homens podem se beneficiar mais de terapias centradas na resolução de problemas.
No entanto, é importante reconhecer também que cada indivíduo é único e que o transtorno deve ser adaptado às necessidades específicas de cada pessoa, inerente ao gênero.
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