Mastopexia sem prótese de silicone: veja quando ela é indicada

A despeito da síndrome ASIA (Autoimmune Syndrome Induced by Adjuvants, ou Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes), que é uma reação autoimune desencadeada pela presença da prótese de silicone na mama, a mastopexia sem o implante pode ser uma alternativa para quem não quer arriscar ou sofrer com a síndrome autoimune, causada pelo recurso estético com a substância siliconada. 

Sendo assim, a mastopexia sem prótese visa remodelar e elevar os seios, sem utilizar a técnica do implante mamário. O principal benefício é promover o rejuvenescimento da mama, freando o envelhecimento precoce ou natural. Nesse contexto, o aumento de volume na região não é prioridade.

A técnica é conhecida também como remodelação ou lifting das mamas. As mulheres que recebem indicação são as que já passaram por gestações, que estejam amamentando e com flacidez na região, ou aquelas que enfrentam constantemente oscilação de peso, que causa flacidez e falta de firmeza na região mamária, compartilhando uma similaridade: encontram-se satisfeitas com o volume e buscam um conjunto mamário mais natural. 

Para efetuar o procedimento, é necessário remover o excesso de pele para remodelar o tecido mamário, elevar e firmar os seios. E como não poderia deixar de ser, a autoestima também é elevada de forma natural.

A mastopexia sem prótese que utiliza o tecido mamário oferece recuperação mais rápida pois, sem a introdução de prótese, é afastado o desconforto e inchaço comuns no pós-operatório. O procedimento combate a flacidez, pois a pele excedente é retirada, o que restaura a firmeza e recupera o contorno mamário. O resultado perdura com hábitos saudáveis e qualidade da pele. Em casos de pele com estrias, é preciso tratar antes, para não comprometer o resultado com a mastopexia.

Leia também: 6 cuidados essenciais no pós-operatório da cirurgia plástica

O pré-operatório não deve ser negligenciado. Além de informações sobre a saúde geral da paciente, que incluem histórico médico, medicamentos em uso e possíveis alergias, a mamografia ou ultrassonografia para avaliar a saúde e estrutura dos seios são fundamentais para garantir o sucesso do procedimento cirúrgico. Já o exame físico consiste em avaliar o tamanho, forma, posição das aréolas e qualidade da pele. Tudo por que, para promover o rejuvenescimento dos seios, sem a prótese de silicone, a mastopexia também é realizada com anestesia geral, visando maior conforto durante o procedimento, quando o tecido mamário é levantado e o excesso de pele removido, com incisão no local. A aréola e o mamilo são reposicionados para uma posição mais elevada. E para sustentar o tecido mamário remodelado, as incisões são suturadas com pontos externos e podem ser utilizados adesivos de pele ou fita cirúrgica.

A técnica a ser aplicada leva em consideração o grau de queda mamária e quantidade tecidual. Elencando as técnicas, a mastopexia com incisão ao redor da aréola é indicada para combater flacidez de grau leve, promovendo pequena elevação. Já na mastopexia vertical, a indicação é tratar flacidez moderada, podendo remover quantidade significativa de tecido, tendo como benefício remodelação mamária ampliada. Já a mastopexia em T invertido, a incisão se faz ao redor da aréola e na dobra mamária. O objetivo é eliminar a flacidez acentuada, removendo grande quantidade de tecido. E por último, a mastopexia com lipoenxertia utiliza a gordura retirada de outra região corporal, depois da lipoaspiração, para remodelar e elevar as mamas, com sutil aumento do volume mamário. Em qualquer técnica, o aspecto da cicatriz vai depender do tipo de pele, cuidados no pós-operatório e a evolução natural. E ficar longe do sol para atingir o tom mais claro e boa textura na cicatriz. 

Apesar da mastopexia sem prótese buscar a remoção do excesso de pele e o reposicionamento do tecido mamário, ela não altera a textura da pele. A prioridade é a remodelagem para atingir um aspecto mais arredondado, firme e simétrico.  

É bom saber que a mastopexia sem prótese não retarda o processo de envelhecimento. Com o avanço da idade, a queda da mama pode voltar, já que a pele estará em processo de perda de elasticidade. Se a mulher tem a pele com textura regular e a mama mais glandular e firme, o silicone não precisa ser utilizado, sendo satisfatória a mastopexia sem prótese. Porém se a mama apresenta tamanho muito reduzido e com flacidez acumulada em excesso, a recomendação é certeira e amplamente difundida: o implante de prótese de silicone. 

Leia também: Prótese de silicone: antes ou depois da gravidez?