Psicóloga pela Universidade Guarulhos (UNG). Personal e Professional Coach pela SBC – Sociedade Brasileira de Coaching....
iRedatora especialista em conteúdos sobre saúde, família e alimentação.
Você já ouviu falar em depressão oculta? Também conhecida como depressão mascarada, ela consiste em um quadro depressivo com sintomas pouco aparentes para a pessoa e para os que estão ao redor dela.
Normalmente, os sintomas de depressão incluem uma persistente sensação de tristeza profunda, de modo que a pessoa não consegue ver positividade na vida, apesar dos esforços. No caso da depressão oculta, a rotina frenética do dia a dia pode mascarar alguns dos sinais — dificultando o reconhecimento da doença.
Apesar da dificuldade de diagnóstico, existem alguns sinais que podem ajudar a identificar o quadro e procurar atendimento psicológico. O MinhaVida reuniu tudo que você precisa saber a seguir.
Por que ela acontece?
Afinal, como é possível ter depressão e não saber? Diversos fatores podem guiar para o surgimento e prevalência do quadro, como falta de informação sobre os sintomas, rotina frenética, medo de julgamento e negação dos próprios sentimentos, segundo Rosângela.
Embora ela possa afetar qualquer pessoa, a depressão oculta ocorre especialmente em pessoas com histórico pessoal ou familiar de depressão, eventos estressantes recentes, falta de suporte social, problemas de saúde física, abuso de substâncias e traumas passados.
Sinais de alerta para depressão oculta
Normalmente, pessoas com depressão oculta realizam regularmente as atividades do dia a dia, mas tendem a apresentar sinais inespecíficos, como:
- Falta de energia
- Dificuldade de concentração
- Irritabilidade
- Desleixo com higiene pessoal e da casa
Além disso, embora a depressão seja principalmente um transtorno emocional, ela provoca desequilíbrio nos processos químicos dos neurotransmissores, substâncias responsáveis pelo bem-estar físico e mental. Isso pode desencadear uma série de sintomas físicos, que podem acobertar o quadro depressivo.
Por isso, é importante se atentar aos seguintes sinais:
- Problemas digestivos, como gases, dor abdominal, intestino preso ou diarreias recorrentes
- Dor de cabeça e no corpo, que podem acometer especialmente crianças e adolescentes
- Fadiga ou cansaço excessivo
- Mudanças nos hábitos de sono, de modo que a pessoa pode dormir por muitas horas acima do comum para um adulto, ou com insônia
- Mudanças no apetite, que podem causar perda ou ganho de peso
Em crianças e adolescentes, os sintomas podem se manifestar inicialmente através de irritabilidade constante, mudanças de humor, baixo desempenho escolar e dores físicas frequentes. Já em idosos, é frequente que dores crônicas se intensifiquem.
Quando procurar ajuda médica?
Ao notar qualquer sintoma suspeito, é importante procurar atendimento médico para acompanhamento. O tratamento de depressão é oferecido através do Sistema Único de Saúde (SUS) de forma gratuita.
Se não identificado e tratado, o quadro pode se agravar ou desencadear outros problemas, como ansiedade, transtornos de alimentação e abuso de substâncias. “Além disso, ela também pode afetar a saúde física, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, dores crônicas, problemas de sono e comprometimento do sistema imunológico”, acrescenta Rosângela.
Como ajudar uma pessoa com depressão?
Pode ser difícil entender o que uma pessoa com depressão está enfrentando, e é comum se sentir impotente ao ver uma pessoa querida perder a alegria e a positividade com a vida. No entanto, compreender as particularidades da doença pode ajudar a lidar com a situação e demonstrar empatia pela pessoa.
Praticar gestos simples, inclusive, são essenciais e podem ajudar no processo. Veja algumas dicas para ajudar a pessoa com depressão:
- Comunique-se de maneira gentil e aberta, para que a pessoa não sinta que seus sentimentos estão sendo invalidados
- Escute sempre o que a pessoa tem a dizer
- Incentive a ajuda profissional para o tratamento
- Não ignore pedidos de ajuda ou comentários sobre suicídio
- Esteja presente e/ou mantenha contato, não deixe a solidão tomar conta de quem está nesse estado
- Evite fazer julgamentos ou críticas
- Esteja atento aos sinais, como mudanças de comportamento e discurso
- Incentive passatempos, como atividades físicas, passeios ou aprender novas habilidades artísticas
- Evite usar palavras negativas, não é hora para dar sermões