Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (2004). Concluiu no ano de 2008 a Residência em Clínica...
iJornalista especializado na cobertura de temas relacionados à saúde, bem-estar, estilo de vida saudável e à pratica esportiva desde 2008.
iVocê e seu amor se aconchegaram para assistir aquele filminho e, depois de 15 minutos, você caiu em sono profundo. Quem não se identifica com essa cena? Ela é muito comum entre casais e, às vezes, pode até gerar desentendimentos.
Mas não deveria. Isso, na verdade, pode indicar uma confiança no relacionamento, mostrando que a pessoa se sente confortável com seu parceiro.
A sensação de segurança ativa a parte parassimpática do sistema nervoso, responsável pelo relaxamento. Isso explica, por exemplo, porque é mais difícil adormecer com um parceiro que você ainda está conhecendo e não tem tanta intimidade.
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A “química” também conta
Substâncias químicas entram em ação quando estamos próximos da pessoa amada e o corpo libera hormônios que promovem relaxamento, bem-estar e sono.
A ocitocina, por exemplo, conhecida como o “hormônio do carinho”, é responsável por despertar sentimentos de amor e confiança em momentos de conexão, como durante o parto, a amamentação e os abraços.
A ocitocina é um hormônio produzido na hipófise - a principal glândula do organismo - localizada no cérebro. Sua função mais conhecida é estimular a contração do útero na hora do parto. Mas ela existe tanto nos homens quanto nas mulheres e tem outras funções.
“Além da sua serventia no parto, a ocitocina age como um neurotransmissor, regulando comportamento de interação social, sendo por isso também conhecida como o ‘hormônio do amor’”, explica a endocrinologista Andressa Heimbecher em artigo no Minha Vida.
Estudos evolucionários mais recentes indicam a atividade da ocitocina na formação dos laços de afeto entre mães e filhos e também nas relações amorosas. Ou seja: o hormônio atua quando há união e ligações de afeto entre os seres humanos.
“O cérebro libera ocitocina quando existe o contato de pele entre seres humanos e também quando existe a formação de uma relação de confiança entre os indivíduos”, explica a médica.
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Outras substâncias
A serotonina é outra substância química importante que explica esse relaxamento perto da pessoa amada. Trata-se de um neurotransmissor associado à felicidade e ao bem-estar, o que ajuda a nos sentirmos mais estáveis no relacionamento.
Por fim, há a dopamina, responsável pela sensação de recompensa e prazer - e sua presença é notável na companhia da pessoa amada.
Em sinergia, esses hormônios liberados junto da pessoa amada ajudam a explicar o relaxamento - e aquele cochilo inesperado logo que o filminho começou.