Mariangeles Berutti, graduada em psicóloga pela Universidade Católica Argentina. Pós-graduação em Necessidades educativa...
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Você tem percebido que está passando tempo demais no celular? Veja isso como um sinal de alerta. De acordo com a psicóloga Mariangeles Berutti, do Fleury Medicina e Saúde, o uso constante do celular pode desencadear a nomofobia — dependência patológica de tecnologia.
“A nomofobia (vício em celular ou outras tecnologias semelhantes) é considerada pela OMS como uma doença quando associada a outras condições e sintomatologias, como ansiedade, depressão e estresse. O transtorno ainda não foi oficialmente reconhecido na nova versão do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM V), que inclui a dependência de videogames como transtorno psiquiátrico”.
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Por que usar o celular demais faz mal?
Mariangeles explica que além de favorecer o aparecimento de doenças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, o uso excessivo do celular pode desencadear problemas cognitivos e físicos como:
- Obesidade
- Má qualidade de sono
- Tensão muscular
- Dificuldade motoras
- Isolamento social
- Dificuldade de comunicação
- Prejuízo na capacidade de atenção e foco
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Dicas para diminuir o tempo de uso do celular
De início, a psicóloga Mariangeles frisa que é muito importante identificar as razões que estão por trás do uso excessivo do celular e explica que é essencial sempre buscar por outros meios de distração e entretenimento, que podem envolver desde atividades físicas a programas sociais e culturais.
Dentre as principais dicas para passar menos tempo em frente ao celular, a especialista lista:
1 - Estabelecer limites diários de uso. Existem aplicativos que permitem monitorar o uso total do celular e, dentro desse uso, quanto tempo foi destinado a cada app
2 - Estabelecer horários para uso, classificando esses tempos em trabalho, lazer e comunicação
3 - Criar bloqueios de determinados sites depois de um tempo pré-estabelecido de uso
4 - Estabelecer momentos para ficar livre do celular, por exemplo, durante o jantar. O ideal é deixá-lo desligado durante esse período.
“O mais importante é procurar outras atividades para fazer dentro e fora de casa, que tragam prazer e possibilitem focar a atenção em outra tarefa”, finaliza a psicóloga.
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