Dra. Leninha Wagner é PhD em neurociências, possui formação em neuropsicologia, é Doutora em psicologia, Mestre em psica...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Sabemos que nossa integridade física e mental são fatores importantes e que precisam ir bem para obtermos uma vida saudável. No entanto, outras áreas da vida também devem funcionar para termos mais qualidade de vida, como revelou um estudo realizado em Harvard.
De acordo com pesquisadores, nossos relacionamentos possuem um grande impacto em nossa saúde. As evidências fazem parte do Estudo de Desenvolvimento Adulto de Harvard, uma das pesquisas mais longas do mundo a respeito da vida adulta.
“A descoberta surpreendente é que nossos relacionamentos e quão felizes somos neles têm uma poderosa influência em nossa saúde. Cuidar do seu corpo é importante, mas cuidar dos seus relacionamentos também é uma forma de autocuidado. Essa, eu acho, é a revelação”, declarou Robert Waldinger, diretor do estudo, psiquiatra do Massachusetts General Hospital e professor de psiquiatria na Harvard Medical School.
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Além disso, ao avaliarem dados e registros médicos dos entrevistados, os pesquisadores observaram que o nível de satisfação com seus relacionamentos, aos 50 anos, pode ser um bom indicador de como vai a saúde do paciente.
“Quando reunimos tudo o que sabíamos sobre eles aos 50 anos, não foram os níveis de colesterol na meia-idade que previram como iriam envelhecer. Era o quão satisfeitos eles estavam em seus relacionamentos. As pessoas que estavam mais satisfeitas em seus relacionamentos aos 50 anos eram as mais saudáveis aos 80 anos”, revelou Waldinger em uma palestra.
Como os relacionamentos podem impactar em nossa saúde?
Segundo o trabalho, os relacionamentos próximos são o que mantém as pessoas felizes ao longo de suas vidas e ajudam a evitar o declínio cognitivo e físico ao longo do tempo. Em entrevista prévia ao MinhaVida, a neuropsicóloga Leninha Wagner informou que as conexões sociais ativam um sistema de recompensa no cérebro, e estimulam a produção de hormônios como dopamina e ocitocina.
“Conexões sociais fornecem suporte emocional, o que é crucial para lidar com o estresse e as adversidades. Ter uma rede de apoio de amigos e familiares aumenta o senso de pertencimento e reduz sentimentos de solidão e isolamento, que são fatores de risco para a depressão e ansiedade”, afirmou.
O estudo também indicou que indivíduos que mantiveram bons relacionamentos evitaram fumar e beber em excesso, o que resultou em menos deterioração mental à medida que envelheciam.
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