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Os especialistas em parentalidade sabem não só da importância de ensinar aos filhos o que devem fazer e o que está errado, mas também de fortalecer e desenvolver a sua inteligência emocional, para que no futuro se tornem adultos maduros e capazes de lidar com os desafios da vida.
No entanto, além de tudo isso, às vezes, os pais se esquecem de ensinar os filhos a serem felizes e aproveitar a vida. É por isso que vamos ouvir uma especialista que garante que sem as ferramentas necessárias, muitas crianças felizes tornam-se adultos infelizes.
Eva Moskowitz é fundadora e CEO da Success Academy Charter Schools, e autora do livro A+ Parenting: The Surprisingly Fun Guide to Raising Surprisingly Smart Kids, que explica como aproveitar o tempo que você já passa com seus filhos e torná-lo mais intelectual e estimulante para eles.
Há décadas que Eva trabalha com pais e jovens em situações desfavoráveis, por isso, se alguém sabe sobre educação, é ela. Não só pela formação e carreira, mas também porque é mãe de três filhos.
Como explicou à CNBC, “há uma diferença entre aproveitar a vida como uma criança pequena e estar preparado para aproveitar a vida como um adulto”. E é aí que os pais, muitas vezes, falham quando se trata de educar os filhos.
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Ensine as crianças a serem adultos felizes
O que é felicidade? Poderíamos tentar simplificar esta palavra e dizer que a felicidade é uma emoção. Ou que é o que sentimos quando nosso cérebro libera certos hormônios.
Definir o que é felicidade, ou o que é preciso para senti-la, é complicado. Mas é preciso que as crianças aprendam o que é para poderem ser adultos felizes, e o primeiro passo, segundo a especialista, é evitar que recebam a mensagem que o capitalismo envia como felicidade: o consumismo.
“Quando os anunciantes nos dizem para “nos presentearmos” com os seus produtos, estão tentando nos fazer acreditar que comprar coisas é a recompensa final, que só seremos felizes se comprarmos”.
A Universidade de Harvard, que desde 1930 tenta descobrir o que nos faz felizes, sabe que consumismo não é felicidade. Ou pelo menos não de verdade. O que nos deixa verdadeiramente felizes são as relações interpessoais e as experiências vividas.
Segundo o UNICEF, a felicidade das crianças depende do tempo bem aproveitado com a família e amigos, principalmente ao ar livre. Não tem nada a ver com ter o celular mais recente do mercado.
Moskowitz assegura que “as crianças mais felizes valorizam as experiências em detrimento das coisas materiais” e é possível conseguir isso evitando que os filhos tenham sempre tudo o que desejam. Ele afirma que dar muitos presentes aos seus filhos é o mesmo que os incentivar a acreditar que ter coisas é o que lhes traz felicidade.
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Como ensinar às crianças o que é a verdadeira felicidade?
A resposta a esta pergunta é tão fácil quanto brincar com eles. Basta fazer atividades como jogar cartas, cozinhar juntos ou fazer artesanato com eles para lhes ensinar o prazer de uma atividade produtiva. Ou ir a um museu, a uma exposição ou ao cinema para sentirem o prazer de uma atividade intelectual.
Faça com que a criança procure a felicidade nas coisas simples. Uma maneira de fazer isso é a incentivando a pensar sobre felicidade. Você pode fazer perguntas como “qual é o seu cheiro preferido e por quê?”, “qual foi o seu dia mais feliz ou que hora do dia prefere”. Assim a criança e identificara a felicidade no dia a dia, e quando for mais velha, poderá descobrir facilmente os segredos da felicidade.
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