Entre janeiro de 1996 e agosto de 2003, concluiu o bacharelado em Psicologia pela Universidade Vale do Rio dos Sinos. Po...
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Já vimos em diversas ocasiões como a Geração Z se posicionou e não pretende tolerar os abusos trabalhistas que eram considerados naturais entre as pessoas das gerações mais antigas. Hoje temos o caso de um recém-formado desenvolvedor, que quis compartilhar como foi seu primeiro dia de trabalho em uma empresa para que decidisse sair depois desse dia.
O jovem, que compartilha a história nas redes sociais, define seu chefe como tóxico. Segundo ele, no final do seu primeiro dia de trabalho, que foi no início deste mês de outubro, o gestor “deixou claro que esperava compromissos descabidos”, como o pessoal trabalhar além do horário normal sem qualquer remuneração.
O trabalhador diz que queria estabelecer limites para isso e que seu superior zombou dele por falar sobre a necessidade de um “equilíbrio entre vida pessoal e profissional”. O chefe definiu-o como “comportamento das nações ocidentais desenvolvidas”.
Conforme dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout devido ao esgotamento mental causado pelo estresse crônico no trabalho.
Em entrevista anterior ao MinhaVida, a psicóloga Denise Milk explica que o burnout pode ser caracterizado por três fatores: exaustão emocional, despersonalização e a perda de realização pessoal.
“Mudanças no estilo de vida são essenciais, como aprender a impor limites no trabalho, reorganizar prioridades e inserir momentos de lazer e descanso na rotina. A prática de atividades físicas e técnicas de relaxamento também são fundamentais. Em alguns casos, medicamentos podem ser indicados para aliviar sintomas como ansiedade ou depressão”.
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“Trata-se de ataques pessoais e humilhação”
Deve-se mencionar aqui que o caso foi na Índia e já vimos em vários artigos como a Geração Z nos países asiáticos não é estranha às reclamações dos seus pares em outros países e procura fugir de empresas que não respeitam os seus desejos (mesmo na China e no Japão isso está acontecendo).
O jovem quis esclarecer que não é que ele não esteja disposto a trabalhar nem um minuto depois do expediente, mas sim sobre os ataques pessoais, a humilhação, o ridículo por mencionar que tinha uma vida fora do trabalho. Ele conta que seu superior riu do fato de ele gostar de ter tempo livre depois do trabalho para ler ou praticar esportes.
A empresa “não tinha política de horas extras e ainda espera que as pessoas trabalhem além do horário comercial todos os dias”. Na verdade, dizem que o gerente exigia uma jornada de trabalho de 12 a 14 horas todos os dias.
Para entrar no emprego, o jovem teve que passar por um daqueles intermináveis processos seletivos. Ele conta que no verão passado teve que fazer provas: duas tarefas longas, que envolveram mais de 80 horas de trabalho. Além disso, uma delas estava diretamente relacionada ao produto da empresa, algo que não foi revelado durante o processo seletivo e que ele conheceu posteriormente.