Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Ser um pai perfeito é impossível, e tentar pode ser prejudicial. Não só quando os filhos são pequenos, mas também quando eles crescem. Para manter um relacionamento saudável ao longo dos anos, existem certos hábitos que os pais com laços estreitos com os filhos costumam ter e que ajudam a criar um espaço emocional seguro e confortável para todos, segundo os especialistas.
1. Respeitam a privacidade e batem na porta antes de entrar
De acordo com o Pew Research Center, os pais podem estabelecer limites em relação ao espaço pessoal e à privacidade, que ajudam a estreitar os laços. Um deles, e o mais importante, é bater na porta antes de entrar no quarto da criança. Pois, mesmo que seja a sua casa, ao fazer isso, você está respeitando o espaço do seu filho.
2. Possuem expectativas sensatas quanto ao sucesso dos filhos
Todos os bons pais desejam que seus filhos tenham sucesso, cheguem longe e, acima de tudo, que sejam felizes. Mas punir as crianças, julgar seus esforços e notas com base em expectativas irreais ou apenas em números, é um erro. Os pais que conseguem manter o vínculo até a adolescência e a idade adulta, orientam seus filhos promovendo um senso de sucesso alcançável, realista e satisfatório, mais focado no esforço do que em uma meta final ou de uma carreira específica.
3. Só compartilham conselhos se forem solicitados
Essa deveria ser uma máxima vital para todos os seres humanos, pois há muitos conselheiros na vida. Em termos de paternidade, os conselhos não solicitados dos pais podem gerar certos sentimentos de ressentimento nos filhos, que sentem que os responsáveis não confiam neles e em suas habilidades.
A terapeuta familiar Sarah Epstein declarou ao Psychology Today que esses conselhos não solicitados, e muitas vezes desnecessários, “frequentemente sabotam sutilmente conversas e vínculos saudáveis”. Como pais, é melhor ouvirmos nossos filhos em vez de dizer o que eles devem fazer.
4. Aceitam todas as emoções
Além de ensiná-los, por exemplo, a identificar e a nomear suas emoções desde a infância, é fundamental que os pais aceitem toda a gama de emoções pelas quais os filhos passam, desde as desagradáveis, como raiva ou tristeza, até as mais agradáveis, como a felicidade. Quando os pais aceitam que não proteger os filhos dos sentimentos, mas sim acompanhá-los ao longo do caminho, criam um vínculo que perdurará no futuro.
Para manter um relacionamento próximo quando seus filhos crescerem e chegarem à adolescência, é essencial ter trabalhado a inteligência emocional na infância. Como explica a Universidade de Harvard, se quisermos que nossos filhos sejam mais inteligentes emocionalmente, devemos nos comunicar com eles de forma emocionalmente inteligente.
5. Respeitam a autonomia e as decisões dos filhos
Como afirma o psicólogo Jeffrey Bernstein, para alguns pais parece impossível recuar e respeitar as decisões dos filhos. Mas a base de um vínculo íntimo e de um relacionamento saudável, seja ele qual for, é o respeito.
Embora os pais, muitas vezes, não gostem ou não compreendem as decisões que seus filhos tomam, é necessário respeitá-las para preservar sua autonomia. Assim como no ditado popular “é errando que se aprende”, o seu filho precisa desse aprendizado para seu desenvolvimento pessoal.
6. Eles são pais, não amigos
Segundo a especialista em psicologia Peg Streep, “é possível ter um vínculo estreito entre pais e filhos adultos sem entrar no território da amizade”, acrescentando que “um pai ou filho adulto nunca deve ser a principal fonte de orientação da vida do outro”, mesmo que sejam sua maior fonte de apoio.
Uma coisa é manter um vínculo estreito, outra é se tornar amigo. Os pais devem ocupar o espaço dos pais e os amigos devem ocupar o espaço dos amigos. Todos são necessários para o desenvolvimento pessoal de uma pessoa.