Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iQuando pensamos em manter a mente forte ao longo dos anos, logo imaginamos que ler livros, resolver Sudoku e fazer exercícios de memória são as melhores práticas. Mas, segundo especialistas em envelhecimento e psicologia, a equação vai além disso.
A chave para uma mente afiada não está apenas no que fazemos, mas também no que evitamos fazer. Alguns hábitos, muitas vezes ignorados, podem comprometer nossa concentração e prejudicar a clareza mental com o passar do tempo.
Quer saber quais são esses sete hábitos que pessoas de mente forte evitam? Livrar-se deles pode ser o caminho para um envelhecimento mais saudável.
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1. Depender excessivamente da tecnologia
A tecnologia é uma aliada no dia a dia, mas depender dela para tudo pode ser prejudicial à saúde mental. Pense em como deixamos nossos celulares cuidarem de aniversários, compromissos e até da lista do supermercado.
Pode parecer prático, mas transferir essas responsabilidades para dispositivos faz com que nosso cérebro seja menos estimulado e, com o tempo, fique mais “preguiçoso”. O que deveria facilitar acaba comprometendo habilidades importantes, como memória e resolução de problemas.
Pesquisas indicam que essa dependência excessiva enfraquece até mesmo a inteligência espacial — a habilidade de entender, manipular e transformar ideias abstratas em conceitos concretos. É como terceirizar tarefas essenciais para as telas e, em troca, perder um pouco da nossa clareza mental.
Por isso, pessoas de mente forte encontram equilíbrio: utilizam a tecnologia como ferramenta, não como muleta. Incorporar esse cuidado na rotina pode ser o primeiro passo para preservar a saúde cognitiva.
2. Consumo excessivo de açúcar
Um doce de vez em quando não faz mal, mas exagerar no açúcar pode ser uma armadilha para o corpo e a mente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de açúcar não ultrapasse 25 gramas. No entanto, é fácil exceder esse limite sem perceber, já que muitos alimentos processados escondem grandes quantidades desse ingrediente.
Além de contribuir para problemas como obesidade e doenças cardíacas, o excesso de açúcar pode prejudicar a concentração e a memória. Pessoas de mente forte equilibram a alimentação, evitando exageros e optando por alternativas mais saudáveis sempre que possível.
Dietas ricas em açúcar também estão associadas a déficits de memória e aprendizado, além de aumentarem o risco de distúrbios neurodegenerativos, como o Alzheimer.
3. Ter um estilo de vida sedentário
Já ouviu a expressão “mente sã, corpo são”? Manter-se ativo vai muito além de cuidar do corpo; o impacto no cérebro é surpreendente. De acordo com o Hospital Clinic Barcelona, a atividade física melhora a memória, a atenção e a eficiência cognitiva, além de prevenir o declínio mental com o passar dos anos.
Exercícios regulares também estimulam o crescimento de novas células cerebrais, proporcionando um reforço para a saúde da mente.
4. Dormir pouco
Dormir bem não é luxo, é necessidade — especialmente para quem deseja manter a mente afiada ao longo dos anos. O neurocientista Dr. Merrill Mitler explica que o sono é essencial para funções como raciocínio, atenção e resolução de problemas, além de ajudar no aprendizado e na consolidação da memória.
A falta de sono não só compromete essas habilidades, mas também aumenta o risco de transtornos de humor, como depressão e ansiedade, acelerando o declínio cognitivo.
5. Isolamento social
Estudos mostram que a solidão está associada a sérios riscos para a saúde, incluindo depressão, doenças cardíacas e declínio cognitivo. Para pessoas mais velhas, o impacto é ainda maior, tornando essencial manter conexões sociais ao longo da vida.
O mais interessante? Nunca é tarde para construir novas amizades ou reatar antigos laços. Pesquisas de Harvard confirmam que relacionamentos interpessoais promovem felicidade e ajudam a preservar a mente e o corpo saudáveis.
6. Evitar novas experiências
A rotina pode ser confortável, mas se apegar a ela e evitar novas experiências limita o potencial do nosso cérebro. Viver novas aventuras, como aprender um idioma, ativa redes neurais extensas e estimula a plasticidade cerebral — a capacidade do cérebro de criar e fortalecer conexões entre neurônios ao longo da vida.
Esse processo é essencial para manter a mente afiada, mesmo na velhice. Por isso, nunca é tarde para explorar um novo hobby, experimentar uma atividade diferente ou ampliar horizontes com novos aprendizados.
Adotar a mentalidade de aprendizado contínuo é uma poderosa estratégia contra o declínio cognitivo. Segundo o Institute for the Future of Education, o preconceito de que envelhecer significa parar de aprender é um grande obstáculo para o desenvolvimento pessoal. Cada nova experiência ou conhecimento adquirido fortalece o cérebro e melhora a flexibilidade mental.
7. Estresse crônico
Várias pesquisas indicaram que o estresse constante pode alterar o cérebro, afetar a memória e aumentar o risco de desenvolver demência. Além disso, os níveis de cortisol no corpo de uma pessoa aumentam continuamente após a meia-idade e o aumento do estresse relacionado à idade . Além do mais, fala-se até que o estresse e a ansiedade reconfiguram o cérebro de maneiras que podem afetar a memória, a tomada de decisões e o humor.