Terapeuta Clínica há 15 anos com abordagem cognitiva comportamental. Especialista clínica em Ansiedade, Crise de Pânico...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iConfiar nas pessoas não é uma tarefa simples para todo mundo. Seja por experiências negativas no passado ou por inseguranças, a dificuldade em estabelecer confiança pode se tornar uma barreira nos relacionamentos.
A boa notícia é que esse ciclo não precisa (e nem deve) durar para sempre. Pequenos hábitos podem fazer toda a diferença na maneira como reaprendemos a confiar no próximo. O MinhaVida entrevistou a psicóloga Larissa Fonseca, que reuniu sete dicas para ajudar você a dar o primeiro passo:
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1. Reflita sobre seus próprios medos e inseguranças
Antes de projetar algum tipo de desconfiança nos outros, é importante olhar primeiro para dentro de você . Larissa destaca: “É fundamental entender os próprios medos e inseguranças, pois, muitas vezes, é a falta de confiança em si mesmo que afeta a confiança nos outros”. Ao reconhecer e trabalhar esses sentimentos, você começa a abrir espaço para confiar novamente.
2. Aprenda a perdoar – inclusive a si mesmo
A psicóloga afirma: “Perdoar é liberar-se do peso emocional que impede você de avançar. Isso inclui o perdão a si mesmo por ter se deixado magoar”. Quando perdoamos, conseguimos nos libertar da energia negativa e dar uma chance ao novo, permitindo que a confiança volte a florescer.
3. Estabeleça limites saudáveis
Confiar nas pessoas não significa se expor a situações prejudiciais. Larissa enfatiza: “Ter limites claros ajuda a proteger o coração e o emocional, enquanto abre o caminho para relações mais equilibradas e confiáveis”. Ao definir o que é aceitável e o que não é, você cria um espaço seguro para voltar a confiar em alguém.
4. Pratique a empatia
Reconstruir a confiança exige esforço, mas também compreensão. “Colocar-se no lugar do outro, escutá-lo com atenção e validar seus sentimentos são atitudes que criam um ambiente de segurança emocional”, explica a psicóloga. Ao ouvir e compreender, você pode interpretar melhor as intenções dos outros e se sentir mais confiante para confiar.
5. Exercite a confiança aos poucos
Não é necessário mergulhar de cabeça em uma relação logo de início. Larissa sugere: “A confiança pode ser exercitada gradualmente, dando pequenos passos e permitindo-se vivenciar as relações de forma progressiva”. Isso pode ser feito observando as atitudes das pessoas e começando com gestos pequenos que, com o tempo, reforçam a confiança.
6. Trabalhe a autoestima e a autoconfiança
Quando nos sentimos seguros de quem somos, fica mais fácil confiar nos outros. “Investir em sua autoestima e autoconfiança é essencial para voltar a confiar nas pessoas. Acredite em seu valor e nas suas capacidades”, afirma Larissa. Práticas como o autocuidado, exercícios físicos e até aprender novas habilidades podem fortalecer sua confiança pessoal e ajudar a abrir espaço para confiar novamente em quem está ao seu redor.
A dificuldade em confiar pode afetar seus relacionamentos
Quando não confiamos nas pessoas, criamos barreiras emocionais que impedem de nos abrir e nos conectar de verdade. “A desconfiança resulta em insegurança e distanciamento emocional”, explica a psicóloga. Isso significa que, muitas vezes, evitamos de nos envolver profundamente por medo de sermos feridos, o que pode dificultar a formação de laços duradouros.
No ambiente de trabalho, o impacto é diferente, mas também problemático. Larissa aponta que a desconfiança pode levar as pessoas a terem dificuldade em delegar tarefas e a sentirem necessidade de controlar tudo de perto. “Essa tendência pode gerar um ambiente de trabalho tenso e pouco produtivo”, alerta. Quando isso ocorre, a colaboração entre colegas fica comprometida, e o desenvolvimento das equipes é prejudicado pela falta de confiança necessária para dividir responsabilidades.
Muitas vezes, essa dificuldade em confiar está ligada a experiências passadas, como traições, rejeições ou até vivências em ambientes instáveis na infância. “Essas situações deixam marcas que influenciam como percebemos e nos relacionamos com os outros”, explica Larissa.
Reconhecer essas questões é o primeiro passo para trabalhar nelas e romper esse ciclo. Assim, é possível construir relações mais saudáveis e equilibradas.
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