Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo com pós-graduação em Nutrição Clínica e Nutrição Enteral e Parenteral...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iSabe aquela coloração vermelha vibrante presente em alguns doces, bebidas e até medicamentos? Nos Estados Unidos (EUA), ela está com os dias contados. O FDA, órgão responsável por regular alimentos e medicamentos no país, anunciou que o corante sintético Vermelho Nº 3 (também conhecido como eritrosina) será proibido em alimentos e medicamentos ingeridos a partir de 2027. A decisão foi tomada após estudos indicarem que a substância causou tumores em ratos, levantando preocupações sobre seus potenciais riscos à saúde.
No Brasil, esse corante ainda é permitido – mas com restrições. A Anvisa, agência que regula e monitora o uso de aditivos no país, garante que os níveis autorizados não representam riscos à saúde pública. Mesmo assim, fica a dúvida: será que vale a pena continuar incluindo esse ingrediente na nossa rotina?
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Saiba mais sobre esse corante e seus efeitos negativos para a saúde
O Vermelho Nº 3, ou eritrosina, é o corante responsável por dar a cor vermelha vibrante que encontramos em doces, bebidas e até medicamentos, como xaropes. Apesar de tornar os produtos mais atrativos, esse aditivo sintético está no centro de uma polêmica nos Estados Unidos, após o FDA decidir banir seu uso em alimentos e medicamentos ingeridos a partir de 2027. Mas, afinal, o que há de tão problemático nele?
Estudos analisados pelo FDA revelaram que o Vermelho Nº 3 causou câncer em ratos machos expostos a altas doses. No entanto, a agência ressaltou que os níveis de exposição para humanos são muito inferiores aos usados nesses testes. Além disso, outras pesquisas realizadas com pessoas e outros animais não identificaram os mesmos efeitos preocupantes.
Mesmo assim, a decisão do FDA serve como um alerta, principalmente porque esse tipo de corante é amplamente consumido no dia a dia, como destaca a nutricionista Angélica Grecco em uma entrevista anterior ao MinhaVida: “Alimentos industrializados e processados, como refrigerantes, salgadinhos, doces, sucos, gelatinas, balas, cereais matinais e produtos enlatados, geralmente contêm mais corantes e conservantes devido ao processo de fabricação”, explica.
Além disso, no organismo, os corantes e conservantes podem causar reações alérgicas e afetar o sistema digestivo. “Alguns são metabolizados e eliminados sem problemas, enquanto outros podem se acumular e causar danos ao organismo a longo prazo”, alerta a nutricionista.
Experimente substituir corantes sintéticos por opções naturais
Enquanto o Vermelho Nº 3 e outros corantes sintéticos continuam presentes em muitos alimentos no Brasil, optar por produtos menos industrializados pode ser o primeiro passo para reduzir a exposição a esses aditivos químicos, que, com o tempo, podem prejudicar a saúde.
Nesse cenário, os corantes naturais se destacam. Extraídos de fontes como frutas, vegetais e outros ingredientes naturais, eles não só garantem cores vibrantes, mas também oferecem benefícios adicionais à saúde. Esses corantes são divididos em quatro grandes grupos, conforme suas características:
- Antocianinas: Encontradas em frutas vermelhas, como morangos e cerejas, e até na casca da uva. Responsáveis por tons que vão do vermelho ao azul.
- Betalaínas: Presentes na beterraba, proporcionam um vermelho intenso e podem ser usadas para tingir alimentos de forma natural.
- Carotenoides: Fontes de tons amarelos, laranjas e vermelhos, são extraídos de ingredientes como cenoura, tomate e pimentão.
- Outros: Incluem opções como cúrcuma (amarelo), clorofila (verde), cochonilha (vermelho) e indigotina (azul), amplamente usados na culinária.
Muitos desses corantes naturais possuem propriedades antioxidantes que podem trazer benefícios extras à saúde.
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