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A felicidade é tão imprecisa que parece que quanto mais a procuramos, mais difícil se torna alcançá-la. É uma realidade comprovada que quanto mais você se esforça para alcançar a felicidade plena, mais longe você está de alcançá-la, uma vez que as pesquisas científicas mais recentes sugerem que a busca pela felicidade pode ter o efeito oposto e pode levar a sentimentos de solidão, estresse e até fracasso.
O segredo da felicidade pode ser não procurá-la, mas Arthur Brooks, o prestigiado professor de Harvard e especialista em bem-estar e felicidade que ministra o curso ‘Liderança e Felicidade’ na Harvard Business School, acredita que há algo mais que desempenha um papel importante.
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O que está por trás da felicidade?
A verdadeira chave para a felicidade, segundo o especialista, foi dada por Confúcio 500 anos antes de Cristo: “Quem quiser ser constantemente feliz deve mudar frequentemente”. Na mudança e na sua aceitação, há felicidade. E é uma característica que as pessoas que vivem vidas plenas e satisfeitas possuem.
A primeira coisa que Brooks sempre deixa claro quando fala em felicidade é que é impossível encontrar a felicidade absoluta, pois a felicidade é uma direção e não um destino. Ou seja, não podemos entender a felicidade como uma meta e sim buscar o bem-estar ao longo do caminho, pois a felicidade seria uma emoção e como qualquer emoção, positiva ou negativa, é temporária.
Mudança pessoal como impulsionador da felicidade
Em seu livro 'Maturidade Inteligente', Brooks explica que a felicidade está diretamente relacionada às relações interpessoais e também tem muito a ver com o crescimento pessoal.
O especialista garante em seu livro que “grandes presentes e conquistas no início da vida simplesmente não são uma apólice de seguro contra o sofrimento posterior”. Ou seja, se quisermos ser mais felizes, não devemos ficar presos ao passado ou a quem pensamos que somos. As experiências que vivemos, as lições que aprendemos e as pessoas que conhecemos nos fazem mudar, algo que é completamente normal e necessário.
O especialista recomenda olhar para o futuro e deixar de olhar para o passado, evitando o que por vezes acontece com as redes sociais, que é que nos convidam a uma vida “cumulativa” em que queremos sempre mais.
Como explicou na revista The Times, Brooks acredita que o duplo golpe das redes sociais e da pandemia alimentaram uma escassez particular de felicidade no mundo desenvolvido: “as redes sociais porque são a ‘junk food’” da interação humana, privando-nos da oxitocina que obtemos pelo contato visual e pelo toque, e a pandemia porque as conexões humanas foram rompidas e não restabelecemos realmente os relacionamentos”.
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