Redatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
O The Oracles é um grupo formado por homens e mulheres de negócios, empreendedores, CEOs e trabalhadores, que podem ser considerados bem-sucedidos no sentido mais amplo da palavra. Eles são os melhores em seus setores e publicam suas ideias nas principais mídias de negócios on-line. Mas será que o sucesso fez com que eles se esquecessem da felicidade?
Todos eles possuem um hábito em comum: todos os dias fazem perguntas a si mesmas para garantir que estão vivendo suas vidas ao máximo e que o sucesso não se torna sua cruz, mas sim uma ferramenta que as ajuda a alcançar a felicidade plena e o bem-estar. Saiba quais são!
1. Por que faço o que faço?
Gary Vaynerchuk, CEO das empresas VaynerX, VaynerMedia e VeeFriends, além de autor de vários livros best-sellers do New York Times, acredita que se você encarar o seu emprego como “‘apenas um trabalho’, terá que mudar sua mentalidade”.
Como exemplo, ele cita o conto dos três pedreiros, que – como explica o escritor Borja Villaseca – é uma representação fantástica de que tudo depende do ponto de vista pela qual você vê as coisas, sendo que “o propósito por trás de cada ação pode mudar completamente seu significado”.
Na história, um menino questiona o que três pedreiros estão fazendo. O primeiro responde que está colocando tijolos, o segundo construindo um muro e o terceiro afirma estar construindo um hospital infantil. Para Vaynerchuk, é importante ter a mentalidade, a perspectiva e a convicção de que o que se está fazendo é importante.
“Olhe-se no espelho e pergunte a si: o que eu quero fazer todos os dias pelo resto da minha vida? Não há desculpa para fazer algo que você odeia. Pare de reclamar, comece a se esforçar e mude isso”, aconselha Vaynerchuk.
2. Quais foram minhas maiores conquistas ou aprendizados da semana?
Yuri Elkaim, fundador e CEO da Healthpreneur, é um ex-atleta profissional e agora autor de best-sellers. Todos os domingos, ele faz um exercício que envolve refletir sobre a semana e olhar para a nova. Sua reflexão começa com a pergunta: “Quais foram minhas três principais realizações e meus maiores aprendizados da semana?”.
Quando comemoramos nossas conquistas, ficamos motivados e percebemos o que alcançamos. Além disso, Elkaim diz que depois se concentra nas dificuldades pelas quais passou ou nas que enfrentará na próxima semana, pensando em como superá-las ou na ajuda de que precisa para resolvê-las.
3. O que posso fazer melhor amanhã?
É evidente que ter uma mentalidade de crescimento é uma necessidade se procuramos ter um desenvolvimento pessoal e felicidade. Andrés Pira, premiado magnata do setor imobiliário, fundador e CEO da Blue Horizon Developments, faz a si cinco perguntas todas as noites, que terminam com uma reflexão sobre como podemos melhorar.
Em suas próprias palavras, ele faz essas perguntas para “me responsabilizar pelo meu crescimento e atingir minhas metas”. Não faz sentido estabelecer metas, ter um propósito ou querer crescer sem um processo de análise de nosso trabalho.
Pira começa com a pergunta “qual foi a melhor coisa que me aconteceu hoje?”. Quando refletimos sobre as coisas boas que temos, isso não apenas reduz o estresse, mas também nos ajuda a se concentrar nas coisas positivas de nossa vida, reduzindo a ruminação mental.
A segunda pergunta que Pira se faz é: “saí da minha zona de conforto?” Ele explica que experimenta coisas novas todos os dias. Em suas próprias palavras, “fazer algo diferente ajuda a crescer e a superar o medo”. Caso a resposta seja negativa, pense em algo novo que você possa fazer no dia seguinte em vez de se sentir mal por não ter feito isso naquele dia.
A terceira e quarta pergunta são: “descobri algo novo sobre mim hoje?” e “consegui concluir minhas tarefas do dia?”. A última pergunta é “o que posso fazer melhor amanhã?”, que não exige que você se concentre em suas limitações, mas em seu potencial.
4. Estou presente no agora?
Bethenny Frankel é a fundadora da empresa de lifestyle Skinnygirl, autora de best-sellers do New York Times e uma das empresárias do programa “Shark Tank”. Ela é uma mulher bem-sucedida que tem clareza de algo que esquecemos: a felicidade não acontece por si só, você precisa escolher ser feliz.
O que Frankel propõe com essa pergunta é que devemos estar presentes no que estamos vivendo em cada momento. Por exemplo, se estiver jantando com amigos, concentre-se na conversa que está tendo em vez de pensar que tem uma reunião importante no dia seguinte. Ou, se estiver praticando um esporte, concentre-se nos seus movimentos e não nos e-mails que tem de responder.
“Dedique-se de coração a aprender e a aproveitar o que você tem, aqui e agora. Não faça da vida um caminho longo e difícil com uma pequena festa no final. Incorpore as comemorações em sua vida diária”, recomenda.
5. O que posso aprender com essa experiência?
Holly Parker, fundadora e diretora administrativa da The Holly Parker Team at Douglas Elliman e premiada corretora de valores, acredita firmemente que todo desafio a fortalece. “Quando estou em uma situação desconfortável, me lembro de que ela tem o potencial de se tornar uma experiência de aprendizado”, declara. É por isso que ela se pergunta todos os dias, quando enfrenta um obstáculo, o que pode aprender com ele.
6. Para onde minhas ações estão me levando?
A escola espanhola de pós-graduação CEUPE explica que a autorreflexão é “o ato deliberado de pensar sobre suas próprias ideias, crenças, valores e experiências”, ou seja, refletir sobre seus pensamentos e ações com um objetivo: entender melhor a si mesmo para tomar decisões melhores sobre como deseja viver sua vida.
James Daily, sócio fundador do Daily Law Group, acredita que fazer uma autoanalise “coloca você em um caminho de exploração e realização que, em última análise, o leva a ser uma pessoa melhor”. Se perguntar regularmente quem você é, quais são seus valores ou onde se vê daqui a cinco anos ajuda no crescimento pessoal.
Daily diz que permite que sua equipe cometa erros “para ganhar experiência, acelerar sua curva de aprendizado e perceber que é preciso mais tempo e esforço para corrigir um erro do que para acertar da primeira vez”, porque essa também é a maneira de se tornar “talentoso, humilde, empático e gentil”, revelou ao Business Insider.
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