Psicólogo Clínico, do grupo Mantevida*, é formado em Psicologia pelo Centro Universitário Mauá de Brasília (UniMauá), co...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iPara quem vive com a mente acelerada e não consegue dar um descanso aos próprios pensamentos, pode estar passando por uma situação pode ser bem desgastante. O excesso de pensamentos, também conhecido como ruminação ou overthinking, é algo que muita gente enfrenta.
Mas do que se trata exatamente? O psicólogo Wanderson Neves, do grupo Mantevida, explica que “o excesso de pensamentos pode ser caracterizado por uma preocupação constante e repetitiva sobre problemas passados, presentes ou futuros. Esse ciclo contínuo de pensamentos pode ser prejudicial à saúde mental por vários motivos”. E é exatamente por isso que, se você se pega nessa espiral, precisa encontrar maneiras de interromper esse fluxo.
Mas existem práticas simples que podem ser usadas para aliviar essa carga mental. Como destaca Wanderson, “o descanso é importante para reconectar o corpo e a mente, ajudando a reduzir o estresse e melhorar a saúde emocional”.
Leia mais: Pensamentos negativos causados pela ansiedade podem ser evitados com 5 dicas dessa psicóloga
Excesso de pensamentos pode causar sérios problemas emocionais
O psicólogo Wanderson Neves explica que “pensar constantemente em problemas, seja sobre o passado, presente ou futuro, pode gerar um impacto significativo no nosso bem-estar emocional”. Se esse processo se torna frequente, ele pode estar diretamente relacionado ao desenvolvimento de problemas como ansiedade e depressão.
Segundo o especialista, “o excesso de pensamentos está fortemente associado a transtornos de ansiedade e depressão. Pensar constantemente em problemas pode aumentar a sensação de desespero e impotência”. Ou seja, essa sobrecarga mental não só prejudica o nosso estado emocional imediato, como também pode desencadear ou agravar condições de saúde mental mais sérias.
Além disso, a fadiga mental é um dos primeiros sinais de que o cérebro não está recebendo o descanso que necessita. "Quando o cérebro não tem um tempo adequado de descanso, ele entra em um estado de exaustão mental", alerta o psicólogo. Isso pode levar a um cansaço constante, mesmo quando você não realizou atividades físicas extenuantes, pois a mente permanece em constante atividade.
Outro efeito comum do excesso de pensamentos é a dificuldade para dormir. "Pensamentos incessantes podem dificultar o sono, causando insônia e afetando a saúde geral", comenta Wanderson. A falta de descanso adequado não apenas impacta o sono, mas também pode prejudicar a nossa recuperação emocional e física, criando um ciclo difícil de quebrar.
A concentração também tende a ser afetada. "O excesso de pensamentos pode interferir na capacidade de se concentrar em tarefas diárias", diz o psicólogo. Isso pode prejudicar a produtividade no trabalho ou nos estudos, além de tornar as atividades cotidianas mais desafiadoras e frustrantes.
Por fim, esse estado mental sobrecarregado pode afetar até mesmo as nossas relações pessoais. "Quando estamos excessivamente focados nos nossos próprios pensamentos, podemos ter dificuldade em nos conectar com outras pessoas ou até mesmo na comunicação", explica Wanderson. Esse distanciamento pode impactar nossa vida social e até mesmo nossos vínculos familiares.
Psicólogo indica 5 atividades para desligar esses pensamentos
Se você sente que seus pensamentos não param, existem várias maneiras de “desligar” essas vozes e proporcionar um alívio mental. O psicólogo Wanderson Neves compartilha algumas dicas valiosas para ajudar a trazer mais calma para a sua mente. “Desacelerar o fluxo constante de pensamentos é fundamental para a saúde mental. Há atividades simples e eficazes que podem ajudar nesse processo”, diz ele.
- Meditação: Práticas de mindfulness e meditação, como o foco na respiração e na atenção plena ao momento presente, podem ajudar a diminuir a intensidade dos pensamentos e aumentar a sensação de controle. "Meditar ajuda a silenciar os ruídos internos e a trazer a mente de volta ao aqui e agora", explica Wanderson.
- Exercícios físicos: Atividades como ioga, corrida ou até mesmo uma simples caminhada ajudam a liberar endorfinas, que são substâncias naturais do corpo que reduzem o estresse e melhoram o humor. "O movimento físico tem um efeito poderoso sobre o corpo e a mente, ajudando a dissipar a tensão e promover um estado de relaxamento", afirma o psicólogo.
- Ler um bom livro: A leitura exige atenção e foco, o que acaba desviando a mente de pensamentos repetitivos e permitindo um descanso mental. “A leitura pode ser uma forma de escapar temporariamente dos pensamentos excessivos e, ao mesmo tempo, enriquecer a mente com novos aprendizados”, sugere Wanderson.
- Se envolver em hobbies prazerosos: Como pintar, cozinhar ou tocar um instrumento musical. “Essas atividades criativas oferecem uma válvula de escape mental, permitindo que a pessoa se concentre no processo e se distancie dos pensamentos perturbadores", explica Wanderson. A diversão também tem o poder de restabelecer o equilíbrio emocional.
- Fazer exercícios de respiração: Respirar lentamente e de forma controlada ajuda a acalmar a mente e o corpo, reduzindo a ansiedade e trazendo mais clareza. "A respiração é uma ferramenta imediata que podemos usar para interromper um ciclo mental negativo e restaurar a sensação de calma", afirma Wanderson.