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Todo mundo já teve dúvidas de como agir com o namorado ou com a namorada, quando o assunto é dinheiro. É comum fazer questionamentos como: deixo meu companheiro(a) pagar o jantar? Insisto em dividir não importa o programa escolhido? Exijo que contribua mais em casa já que estamos "quase" morando juntos?
Embora não haja regra, psicólogos especializados em terapia de casal dão dicas de como lidar com algumas situações corriqueiras para que o acerto de contas não se torne um momento constrangedor para o casal ou, pior ainda, sirva de motivo para brigas maiores. A seguir, você descobre como fazer as contas sem prejudicar a relação:
Eu sempre dou presentes mais caros
Solução: relacionamento não é uma transação financeira. Portanto, presentear deve ser um ato compensado somente pela felicidade do parceiro. O problema, como analisa o psicólogo Antonio Carlos Alves de Araújo, é que a sociedade capitalista em que vivemos nos condicionou a criar grandes expectativas de retorno. Uma alternativa é estipular um valor aproximado para o presente. "Por outro lado, isso pode quebrar a magia da surpresa", diz a psicóloga Margarete Volpi, fundadora do Instituto Volpi & Pasini.
Quem paga o jantar?
Solução: segundo a psicóloga Margarete Volpi, pequenas contas do dia a dia dependem da dinâmica de cada casal. Ou seja, pode haver revezamento por programa - um paga o cinema e o outro o jantar - ou por dia - hoje um paga tudo e na próxima vez, o outro. Ela explica, porém, que nos primeiros encontros é comum o homem querer arcar com todas as despesas, como tradicional método de conquista. "Desde que ambos se sintam confortáveis com a situação e que isso não se torne uma regra, não há problema algum", aponta a especialista.
A conta de telefone é estratosférica
Solução: vez ou outra é normal que as contas de telefone ou celular excedam o valor habitual, mas, como explicam os especialistas, isso faz parte do investimento da relação. Mas convenhamos, estamos em pleno século XXI e há diversas alternativas para se comunicar: Messenger, e-mail, Skype e operadoras de telefonia com planos promocionais são algumas das alternativas para aliviar os custos.
Quem tem o carro sempre banca o combustível?
Solução: dar carona para alguém é uma gentileza e não faz sentido cobrar. "Entretanto, supondo que o motorista esteja em uma fase financeira ruim é justo que ele seja franco com o parceiro e coloque as cartas na mesa", diz o psicólogo Antonio Carlos Alves de Araújo. Dito isso, há duas possibilidades: o passageiro se oferecer para pagar o combustível ou sugerir um transporte alternativo. Além disso, a pessoa que recebeu a carona pode se oferecer para pagar o estacionamento.
Ele(a) só quer fazer programas caros
Solução: "as condições financeiras de cada indivíduo da relação devem ficar claras desde a primeira oportunidade", observa a psicóloga Margarete. Segundo ela, chega um ponto em que a situação se torna insustentável e então, em muitos casos, a pessoa prefere fugir da relação a revelar que não consegue acompanhar aquele ritmo de gastos. Se o mais abastado banca o parceiro sem que nenhum dos dois se sinta desconfortável ou sem que isso se torne um trunfo em momentos de discussão, não há qualquer problema.
Ele(a) passa muito tempo na minha casa
Solução: se a mudança ainda não foi oficializada, o parceiro continua sendo uma visita. Portanto, cobrar que ele pague as contas da casa pode soar abusivo e um "desconvite" ao outro. Segundo os psicólogos, a iniciativa de contribuir deve vir do visitante. Da mesma forma que as pessoas costumam levar um vinho ou a sobremesa ao visitar um familiar ou amigo, o parceiro pode fazer compras e ajudar nas tarefas da casa.
Quem paga o motel?
Solução: nas primeiras vezes o homem costuma insistir em arcar sozinho com a despesa. Isso não quer dizer que seja uma regra ou que a mulher não deva oferecer contribuição com os gastos. Mas se o casal vai ao motel com frequência, a regra é a da dinâmica do casal: eles podem dividir o valor ou alternar quem paga.
Ele(a) sempre pede dinheiro emprestado e nunca devolve
Solução: em situações emergenciais, emprestar dinheiro é normal. "Entretanto, se o ato se torna um hábito, o que se observa é um problema generalizado do casal", explica a psicóloga Margarete. Uma das pessoas gasta mais do que pode, pois sabe que pode contar com o dinheiro alheio. Já o outro acaba criando um planejamento com sua própria renda para tapar os buracos da vida do companheiro. Limites precisam ser restabelecidos e respeitados por ambos.