Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iUma pesquisa realizada pela área de enfermagem da Universidade de Rhode Island (EUA) descobriu que bebês nascidos prematuramente têm mais chances de ter a saúde debilitada, apresentar dificuldades para interagir socialmente, brigar na escola e sofrer de problemas cardíacos quando adultos. Por outro lado, eles têm uma probabilidade maior de sucesso profissional.
O estudo acompanhou, durante 21 anos, 213 crianças nascidas de forma prematura no ano de 1980 no Women and Infants Hospital, de Rhode Island. Nesse período, diversos exames foram coletados, como o que indica o nível de cortisol - hormônio que regula o metabolismo -, o tônus vascular - estado de contração parcial dos músculos - e as condições do sistema imunológico. Em seguida, os dados foram comparados com o de pessoas não nascidas prematuramente.
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Os resultados apontaram que bebês prematuros do sexo masculino são mais afetados por problemas pulmonares do que não prematuros. Aqueles que também nasceram com peso muito abaixo do esperado tiveram aumento da pressão arterial no futuro.
Esses participantes também mostraram saúde física, crescimento e desenvolvimento neurológico mais pobres. Já uma característica positiva dos prematuros foi maior persistência naquilo que desejavam, o que os levou a ter mais sucesso na busca de seus objetivos.
Segundo os cientistas, as descobertas são importantes para que pais, enfermeiras neonatais e professores intensifiquem os cuidados com a criança prematura. Ao identificar problemas ainda no começo da infância, fica mais fácil garantir um futuro saudável em todos os campos.
Necessidades dos bebês prematuros
De acordo com o obstetra Jorge Naufal, coordenador do Curso de Orientação à Gestante do Hospital e Maternidade Neomater, uma criança pode ser considerada prematura se nascer antes da 37ª semana de gestação ou com menos de 2,5 kg.
Ainda no hospital, são tomados diversos cuidados para garantir que o bebê ganhe peso, mantenha a temperatura corporal, respire e degluta corretamente. Quando estiver desempenhando todas as tarefas sem problemas, o recém-nascido pode ir para casa. O tempo para isso acontecer, segundo Jorge, é bastante variável.
Em casa, os pais devem checar com frequência a temperatura, que deve se manter por volta de 35 e 36º C. Já em relação à alimentação, Jorge alerta que os prematuros costumam regurgitar mais. Entretanto, apesar de exigirem mais atenção, nada impede uma amamentação normal.
A moleira dos bebês prematuros também precisa de cuidado redobrado. Os ossos de uma criança prematura são mais frágeis. O próprio tamanho do bebê indica isso. Ele precisa ser manuseado com cautela, sem movimentos bruscos, evitando assim, traumatismos ou estresse, ensina Jorge.
Segundo o médico, os cuidados redobrados com o prematuro duram, em média, 30 dias, variando conforme a evolução do bebê. Jorge ressalta, no entanto, que os pais precisam ficar atentos não somente no período em que a criança deixa o hospital. É preciso observar todo o desenvolvimento da criança prematura, já que ela passou por algumas deficiências.
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