Manuela Pagan é jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero (2014) e em fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2008).
i Para muita gente, do Brasil e do exterior, ela é a marca principal de que o ano está no fim. A tradicional Corrida de São Silvestre, que acontece em São Paulo há 91 anos, atrai cerca de 15 mil pessoas no dia 31 de dezembro. Entre os participantes, estão atletas profissionais (o chamado de pelotão de elite), atletas amadores e a turma da bagunça, que aproveita o destaque da prova para usar fantasias e fazer antecipar a festa de Ano-novo nos pontos turísticos da cidade.
Quem leva a São Silvestre a sério, entretanto, começa a se preparar cedo. "O percurso é extremamente difícil, existe uma multidão na largada e, por ser no verão, há um grande desgaste físico", afirma o educador físico Gustavo Abade, da Branca assessoria esportiva. A preparação adequada não só ajuda a driblar os desafios que surgem no trajeto como é essencial para que o participante consiga um bom desempenho e complete os 15 quilômetros de prova. Em cada trecho, uma dica especial faz a diferença, veja as dicas para construir o melhor treino pensando em encarar a prova de rua. Ainda dá tempo!
Subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio
Para Gustavo Abade, a São Silvestre começa na Avenida Brigadeiro Luís Antônio." É preciso muito fôlego para enfrentar esses 2,5 quilômetros de subida", conta. Muita gente acaba fazendo essa parte do percurso andando. Para dar conta da corrida nessa passagem o especialista dá duas dicas: "Mantenha um ritmo leve no resto da prova para chegar até aqui e faça os treinos em subida". Ele também lembra que é importantíssimo ficar atento à postura nessa subida. "Suba com o tronco mais à frente que o resto do corpo, eleve bem os joelhos e pise mais com a parte anterior do pé do que com o calcanhar".
Procure na sua cidade lugares com subidas íngremes para se preparar a prova e, se você é de São Paulo, o especialista dá a dica: a subida da biologia na USP (Universidade de São Paulo), a subida do monumento no Museu do Ipiranga e até a Serra da Cantareira são bons lugares para treinar a elevação da Brigadeiro (já que a própria Brigadeiro é uma avenida de muito movimento e há risco de acidentes).