Médico especializado em angiologia e cirurgia vascular graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente é...
iJornalista especializado na cobertura de temas relacionados à saúde, bem-estar, estilo de vida saudável e à pratica esportiva desde 2008.
iO que é Escleroterapia?
A escleroterapia é tipo de tratamento médico indicado para tratar veias doentes, como varizes e vasinhos nas pernas. É feita com uma injeção de uma solução específica ou com laser, visando melhorar a circulação sanguínea e eliminar as varizes.
O tratamento abrange todos os tipos de varizes, desde as telangectasias, que são aqueles vasos finos, avermelhados, passando pelas veias reticulares azuis, que aparecem na pele, até varizes mais grossas, que causam a doença varicosa. É considerado um procedimento menos invasivo do que cirurgias, por exemplo.
A escleroterapia é um procedimento que deve ser realizado por angiologista ou cirurgião vascular capacitado, capaz de reconhecer, avaliar a saúde do paciente e indicar ou não o tratamento adequado. Um médico especialista para este procedimento não visa apenas retirar a veias das pernas que causam incômodo, mas cuidar da saúde vascular como um todo.
Tipos
Tipos de esclerotopia
Existem alguns tipos de esclerotopia, como
- Escleroterapia convencional ou química: é a introdução de um medicamento líquido dentro da veia, que vai gerar uma reação química fazendo-a endurecer, fibrosar e desaparecer lenta e progressivamente
- Escleroterapia térmica ou física: é feita pela administração de calor, seja por laser ou radiofrequência, no interior da veia, provocando uma reação física que também faz a veia desaparecer. Normalmente é usada associada à escleroterapia convencional para unir uma reação química com uma reação física e intensificar os resultados
- Crioescleroterapia: escleroterapia convencional, líquida, com administração do medicamento muito resfriado. O medicamento é administrado bem frio, provocando uma reação química (medicamento) e física (frio intenso)
- Escleroterapia com espuma: o medicamento é injetado em forma de espuma, abrangendo veias maiores com menos medicação. Também produz uma reação química
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Contraindicações
Existem contraindicações para escleroterapia?
Algumas situações podem fazer com que a escleroterapia seja contraindicada, como:
- Pessoas que têm deficiência séria de circulação
- Portadores de doenças sistêmicas graves, com trombose superficial ou profunda
- Infecção local ou generalizada
- Imobilização no leito
- Alergia conhecida ao agente esclerosante
- Artrite
- Edema importante de membros inferiores
- Gestantes
- Mau estado de saúde geral
Possíveis complicações e riscos da escleroterapia
Algumas complicações comuns da escleroterapia incluem:
- Trombose venosa profunda
- Escarras (pequenas feridas muito dolorosas)
- Pequenas infecções locais
- Vermelhidão
- Dor
- Flebite superficial
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No momento da aplicação, dependendo do medicamento usado, sintomas como tosse, sensação de falta de ar, visão turva e enxaqueca em pessoas que já têm crises podem acontecer. Reações anafiláticas podem acontecer, assim como com qualquer pessoa que usa qualquer tipo de medicamento, e são impossíveis de serem previstas, mas são extremamente raras.
Em mãos não preparadas ou inabilitadas o risco pode ser real, pois por desconhecimento pode ser injetado medicamento em artérias, provocando isquemia e até perda do membro afetado ou ainda injeção inadvertida em veias perfurantes, levando à trombose venosa profunda.
Usar material de origem duvidosa pode provocar contaminação, inoculação de vírus e bactérias se não for feita em ambiente seguro, vistoriado pela vigilância sanitária e seguindo regras claras sobre o uso de medicação injetável.
A melhor forma de prevenir é escolher um profissional preparado para cuidar de sua saúde vascular.
Cuidados antes do procedimento
Fazer uma avaliação com um angiologista ou cirurgião vascular capacitado a avaliar os riscos e benefícios do tratamento. Fatores importantes no processo incluem:
- Indicação correta
- Conhecimento da anatomia da região a ser tratada e das condições gerais do paciente
- Um local de trabalho preparado para esta finalidade, vistoriado pela vigilância sanitária, com boa iluminação, medicamentos e materiais de primeira linha.
- Uso de ROP, que são Práticas Organizacionais Exigidas de acordo com os órgãos que regem o funcionamento de consultórios médicos
Quanto tempo dura a escleroterapia?
O tempo de duração do procedimento varia muito de paciente, da quantidade de veias e do método de trabalho, mas, de uma maneira geral, 30 minutos é um bom tempo para realização de uma sessão de escleroterapia.
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Exames necessários para realizar a escleroterapia
O exame clínico feito por um especialista que é capaz de avaliar a origem das veias, sua projeção sobre os grandes troncos venosos, a proximidade com artérias e nervos, a presença de lesões de pele, de edema e se a pessoa é portadora de trombofilia.
Se necessário, podem ser solicitados exames laboratoriais ou Doppler colorido dos membros para uma avaliação mais detalhada. Só depois de uma avaliação da saúde do paciente como um todo será possível realizar o procedimento.
Somente o angiologista e cirurgião vascular são médicos habilitados para realizar o procedimento, pois este especialista é treinado ao longo de sua formação a executar o procedimento com todos os requintes que a técnica necessita, ou seja, conhecimento perfeito da anatomia dos membros inferiores, principalmente no que diz respeito aos vasos arteriais, linfáticos, aos nervos periféricos e às veias perfurantes que comunicam o sistema venoso superficial ao profundo.
Cuidados antes e após a escleroterapia
- Não tomar sol no dia do procedimento
- Não fazer ginástica pesada no dia
- Usar um creme para retirar as equimoses caso aconteçam.