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A dupla sertaneja Zé Neto e Cristiano usou as redes sociais no último domingo (26) para anunciar o cancelamento de uma série de shows que faria entre o fim de 2021 e o início de 2022. A decisão foi tomada após o cantor Zé Neto ser diagnosticado com uma doença na boca muito comum, chamada de monilíase oral (ou candidíase oral).
Segundo um comunicado divulgado pela dupla, a infecção ocorreu pelo uso de corticoide, medicamento com ação anti-inflamatória que foi utilizado para tratar problemas pulmonares do cantor causados pela COVID-19 e também pelo uso do vape (cigarro eletrônico).
Popularmente conhecida como "sapinho", a monilíase oral é provocada pelo fungo Candida albicans, e provoca sintomas como dor ao engolir, secura na boca, mau hálito e placas esbranquiçadas dentro da boca. Comum em bebês, ela costuma surgir em adultos, geralmente, por conta de alguma baixa na imunidade.
Diante do quadro, Zé Neto precisou iniciar um novo tratamento para a doença, que normalmente é feito com bochechos e deglutição de nistatina (remédio antifúngico), além de seguir em repouso durante as próximas semanas.
Candidíase na boca é contagiosa?
Em geral, a candidíase na boca pode surgir de diferentes maneiras. Em bebês, é comum que a contaminação ocorra durante o parto normal, quando há um quadro de candidíase vaginal não tratado pela mãe, que acaba contaminando o bebê quando ele passa pelo canal vaginal.
Além disso, a condição também pode ocorrer em pessoas com deficiência imunológica, seja após o uso recente de antibióticos ou até mesmo durante o tratamento de quimioterapia ou radioterapia, entre outras situações.
"A candidíase está em todos os lugares, numa caneta, nas verduras, nos legumes. Então, se a pessoa colocar algo com o vírus na boca, ela pode contraí-lo, mas ele apenas irá se manifestar em quem estiver com a imunidade baixa", explicou a ginecologista Adriana Bittencourt Campaner, em entrevista prévia ao Minha Vida.
Portanto, a monilíase oral é, sim, uma doença contagiosa e que pode ser transmitida através de hábitos simples, como dividir objetos e utensílios ou por meio do contato direto com uma pessoa doente (através de um beijo, por exemplo). Isso significa que é preciso seguir uma série de cuidados ao receber o diagnóstico da infecção.
Normalmente, o sapinho é identificado por médicos apenas pelo exame físico - ou seja, o especialista consegue analisar os sinais da infecção na boca do paciente sem a necessidade de exames laboratoriais. Com o diagnóstico, o tratamento é indicado imediatamente para acabar com a presença do fungo na região.