Terapeuta Clínica há 15 anos com abordagem cognitiva comportamental. Especialista clínica em Ansiedade, Crise de Pânico...
iRedatora de saúde e bem-estar, autora de reportagens sobre alimentação, família e estilo de vida.
Um estudo realizado pela Universidade de Bristol, no Reino Unido, analisou os resultados obtidos no curso “Ciência da Felicidade”, que ajuda estudantes a conquistarem um senso de bem-estar. O trabalho concluiu que é possível que a felicidade pessoal seja alcançada por meio da adoção de hábitos baseados em evidências científicas.
“O conteúdo do curso envolve informações de conceitos errados sobre felicidade e compreensão de nossos preconceitos cognitivos. A intenção era que, ao final do curso, os alunos tivessem uma compreensão abrangente dos vários fatores que podem contribuir para o seu próprio bem-estar, em vez de uma lista de atividades”, declarou Bruce Hood, autor do estudo, ao Medical News Today.
Saiba quais são os 7 hábitos que podem levar qualquer um a ser feliz, segundo o estudo, e sua importância para a conquista da felicidade.
1. Desempenhar atos de bondade
Ter atos de bondade com o próximo é um dos principais fatores que levam a felicidade, de acordo com o trabalho científico. Segundo a psicóloga Larissa Fonseca, a bondade é capaz de ativar áreas do cérebro associadas à recompensa, criando um ciclo de positividade e bem-estar.
“A bondade libera ocitocina, hormônio do bem-estar que reduz o estresse. Praticar bondade nos torna mais felizes porque promove um senso de pertencimento, valor e um sentido de conexão. Além disso, ajudar os outros pode aumentar nossa autoestima e proporcionar um propósito maior em nossas vidas”, explica a especialista.
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2. Ampliar conexões sociais
O estudo indica que ampliar conexões sociais, principalmente ao iniciar conversas com desconhecidos, pode promover a sensação de felicidade. A neuropsicóloga Leninha Wagner informa que as interações sociais também acionam o sistema de recompensas do cérebro, além de hormônios como dopamina e ocitocina.
“Conexões sociais fornecem suporte emocional, o que é crucial para lidar com o estresse e as adversidades. Ter uma rede de apoio de amigos e familiares aumenta o senso de pertencimento e reduz sentimentos de solidão e isolamento, que são fatores de risco para a depressão e ansiedade”, esclarece.
3. Apreciar suas próprias experiências
Aprender a contemplar suas próprias experiências faz com que prestemos atenção a pequenas e grandes conquistas da vida. O hábito está associado às práticas de gratidão e positividade, que irão transformar a forma com que encaramos as experiências.
4. Prestar atenção a eventos positivos do dia
Conforme explicação de Larissa Fonseca, observar com positividade os eventos da rotina auxilia no enfrentamento das situações adversas com menos negatividade. “A positividade, auxilia na criação de uma mentalidade resiliente, permitindo-nos lidar melhor com os desafios e encontrar alegria nas pequenas coisas do dia a dia”, afirma.
5. Praticar gratidão
Ser grato é outro fator ensinado no programa “Ciência da Felicidade”. O sentimento de gratidão ajuda a afastar a negatividade e promove maior satisfação com a vida. “Do ponto de vista da psicologia, praticar a gratidão e manter uma atitude positiva tem efeitos profundos para a conquista da felicidade. A gratidão nos ajuda a focar no que é bom em nossas vidas, promovendo uma visão mais otimista e reduzindo a tendência a ruminar sobre problemas e negatividade”, indica Wagner.
6. Ser fisicamente ativo
Se manter ativo fisicamente possui grande influência para a sensação de bem-estar e contribui para a redução de sintomas de depressão e ansiedade. Um estudo, publicado no British Journal of Sports Medicine, indicou que a prática de atividade física pode ser até mais eficaz do que o uso de antidepressivos.
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7. Explorar técnicas de atenção plena
Técnicas de atenção plena, como meditação e mindfulness são aconselhadas no programa da Universidade de Bristol. Os métodos ajudam a reduzir os níveis de estresse, ansiedade e promovem maior controle emocional.
“A prática regular da atenção plena pode alterar a estrutura do cérebro, aumentando a atividade em áreas associadas à regulação emocional e à empatia. Isso nos permite estar mais presentes no momento, apreciar as experiências atuais e responder de maneira mais equilibrada aos desafios da vida”, informa Fonseca.