Evelyn Vinocur é doutora em Pediatria, graduada em 1978 pela Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em Pedi...
iMuitos pesquisadores têm definido qualidade de vida como um constructo multidimensional, compreendendo elementos importantes da vida como a saúde física, emocional, social, funcional e o bem-estar espiritual. A Organização Mundial de Saúde define a qualidade de vida como um sentimento de bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença. Cada vez mais, associado ao tratamento do problema em si, o indivíduo deseja a melhoria das relações familiares e o retorno às atividades laborativas e de lazer no grau de funcionamento anterior ao adoecimento.
São inúmeros os estudos medindo a relação da qualidade de vida da pessoa e a depressão. Os estudos mostram também que os pacientes que demoram mais a receber o diagnóstico correto, ou seja, aqueles que passam mais anos sem o diagnóstico e intervenção adequadas, têm piores escores nas várias escalas de qualidade de vida. Muitos indivíduos podem passar anos e anos com sintomas menores ou subclínicos, carregando quilos nos ombros, literalmente se arrastando na vida, sem sequer imaginar que ele possa estar deprimido.
Importante lembrar que a depressão nem sempre se manifesta com os sintomas clássicos de humor triste, anedonia, desesperança e retardo psicomotor. A depressão pode se manifestar por queixas difusas e vagas, e em qualquer sistema do nosso corpo, como azia, mal-estar no estômago, indiferença, lamúrias, mau humor, dor de cabeça, falta de ar, etc.
Os familiares e cuidadores de crianças e adultos com depressão também precisam saber que tenderão a ficar mais sensíveis ou até mesmo deprimidos. O clima em casa fica mais pesado e sério, e como a depressão tem o seu componente genético e familiar, as chances de mais familiares se deprimirem também ocorre.
O tratamento da depressão é multidisciplinar. Exames de laboratório, pesquisa de outras doenças sistêmicas, efeito de medicamentos, psicoeducação à família, terapias alternativas, relaxamento, exercícios físicos, são formas de complementar o tratamento medicamentosos que é o de primeira escolha nos casos de depressão maior, distimia e depressão bipolar.
Os antidepressivos modernos são altamente eficazes e com muito poucos efeitos adversos.
Evelyn Vinocur é psicoterapeuta cognitivo comportamental. Atua na área de saúde mental de adulto e é especializada em saúde mental da infância e adolescência.
Para saber mais, acesse: www.evelynvinocur.com.br