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Ao contrário do que muita gente pensa, não existe uma indicação formal da Fluoxetina para a promoção do emagrecimento. "É um medicamento indicado para o tratamento da depressão, associada ou não à ansiedade, da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), incluindo tensão pré-menstrual (TPM), irritabilidade e disforia", explica a endocrinologista Maria Helane Gurgel. Porém, ela destaca que em pacientes cujo ganho de peso, após julgamento médico, seja decorrente de possível transtorno de ansiedade, este medicamento pode ser empregado.
Como a Fluoxetina funciona
O cloridrato de fluoxetina aumenta os níveis de serotonina no cérebro, resultando em melhora dos sintomas da depressão, associada ou não à ansiedade, da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e do transtorno disfórico pré-menstrual. "Esse medicamento é da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina, um neurotransmissor importante que influencia no sono, apetite, atividade sexual, humor, entre outros", conta a endocrinologista Camila Luhm, membro da Sociedade Latino-Americana de Tireoide. E, em alguns pacientes, Maria Helane afirma que esse aumento da serotonina pode levar a uma redução de apetite.
Como consumir Fluoxetina
O medicamento, explica Camila, costuma ser tomado em dose única diária. "A dose efetiva costuma ser de 20 a 40 mg por dia. A dose máxima recomendada é 80 mg por dia", completa. Só quem poderá definir a quantidade indicada para cada caso é um médico especializado.
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Efeitos colaterais
Maria Helane destaca os principais efeitos colaterais que podem surgir com o consumo da Fluosetina: "Podem ser observadas reações como diarreia, náusea, fadiga, dor de cabeça e insônia, palpitações, visão turva, boca seca, hiponatremia, dispepsia, vômitos, calafrios, sensação de tremor, diminuição de peso, prolongamento do intervalo QT, diminuição do apetite, distúrbio de atenção, vertigem, disgeusia, letargia, sonolência, tremor, sonhos anormais, ansiedade, diminuição da libido, nervosismo, impaciência, distúrbio do sono, tensão, micção frequente, distúrbios da ejaculação, disfunção da ejaculação, sangramento ginecológico, disfunção erétil, bocejo, hiperidrose, prurido, erupção cutânea, urticária e rubor".
Riscos do consumo
"É preciso cuidado no uso desse medicamento no caso de gestantes, pessoas com histórico de convulsão e transtorno bipolar", explica Camila. Já Maria Helane acrescenta que em pacientes com depressão ocorre risco de suicídio. "Assim como outras drogas de ação farmacológica similar (antidepressivos), casos isolados de ideação e comportamentos suicidas foram relatados durante o tratamento com cloridrato de fluoxetina ou logo após a sua interrupção. Alterações cardiovasculares também podem ocorrer", completa.
Contraindicações
A contraindicação, de acordo com Maria Helane, é para pacientes com hipersensibilidade conhecida à fluoxetina ou a qualquer um dos excipientes. Além disso, o medicamento não deve ser usado junto com um IMAO (Inibidor da monoaminaoxidase) ou dentro de 14 dias após a suspensão do tratamento com um IMAO.