O Dr. André Guilherme Cavalcanti é o presidente eleito da Sociedade Brasileira de Urologia - Seccional RJ (Biênio 2014-2...
iOs distúrbios ejaculatórios estão relacionados às condições do sistema nervoso central, principalmente a ansiedade, que influenciam no relacionamento com a parceira. Desta forma é comum que o homem no início de sua atividade sexual, caracterizado na juventude, tenha episódios de ejaculação precoce ou que o problema apareça em determinados momentos da vida em períodos de maior estresse emocional, por exemplo. Alguns homens com disfunção erétil possuem ainda de forma secundária, a ejaculação precoce por causa do medo de não ter uma ereção adequada.
Estudos indicam que mais de 25% dos brasileiros apresentam ejaculação precoce. E mesmo homens mais experientes ou maduros podem apresentar distúrbios ejaculatórios, influenciados por estresse, crises no relacionamento ou depressão. A ejaculação precoce é uma ejaculação que ocorre rapidamente, impossibilitando uma atividade sexual prazerosa para o casal.
Existem técnicas já definidas que podem ajudar no controle da ereção, o que pode melhorar esse problema. Uma delas é chamada de "parar e continuar", e consiste em interromper a atividade sexual antes de chegar perto do orgasmo, e retomar a atividade algum tempo após.
A técnica do "aperto" é outra opção, e é semelhante a citada acima, porém antes de deixar de estimular o pênis, é preciso apertar sua base por alguns segundos, o que realmente traz resultados. Essas técnicas utilizadas apresentam sim benefícios para o controle ejaculatório masculino.
Outros tratamentos
Mas, em geral, o tratamento da ejaculação precoce apresenta várias nuances que devem ser abordadas e levadas em consideração, principalmente as questões de fundo emocional.
O tratamento da ejaculação deve começar com esclarecimentos ao problema do paciente, traduzido em uma conversa franca em que é explicado o que é a ejaculação precoce e depois tentar captar o máximo de informações do paciente. A utilização das técnicas descritas acima pode ser associada ao uso de medicações antidepressivas em baixa dosagem, como um tratamento medicamentoso. Em pacientes com disfunção erétil, podemos utilizar também medicações orais específicas.
É possível também ministrar de forma bem orientada anestésicos tópicos que podem ser aplicados sobre a glande. Em qualquer uma das opções um acompanhamento psicológico específico será sempre relevante.
Existe hoje na internet uma série de tratamentos como drogas, chás, bombas penianas... Nenhum deles apresenta qualquer evidência científica. O paciente deve sempre procurar um médico urologista para as orientações específicas. As causas fisiológicas são extremamente raras e controversas e não há evidências de uma possível relação hormonal. Fatores emocionais e psicológicos são os mais prováveis nesse tipo de caso. Se não for tratada, a ejaculação precoce abala a autoestima do homem e pode comprometer seriamente o organismo, transformando-se em problema de ereção.