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O uso excessivo de pastilhas de mentol usadas para o alívio de dor de garganta e tosse, pode, na verdade, piorar ainda mais a condição. De acordo com o estudo realizado pela Universidade do Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, pessoas que usam com muito frequência a pastilha acabam desenvolvendo uma tolerância ao mentol.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram mais 500 pacientes em tratamento para tosse. Os voluntários tiveram que responder algumas perguntas como idade, sexo, uso de cigarro, duração e gravidade da tosse, e o uso de pastilhas para tosse.
Após essa primeira investigação, os especialistas pediram para que todos os participantes deixassem de usar as pastilhas por alguns dias. Os resultados mostraram que 66% dos pacientes com tosse persistente tiveram o sintoma totalmente curado depois que deixaram de tomar a pastilha de mentol.
A descoberta não é nenhuma surpresa para os pesquisadores, isso porque pessoas com tosse mais severa tendem a usar mais pastilhas de mentol durante o dia, fazendo com que elas criem uma resistência a substância.
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"A alta exposição às gotas de tosse do mentol pode, em alguns casos, tornar a tosse pior. O mentol parece desempenhar um papel pequeno, mas significativo, na gravidade da tosse", disse David Hahn, supervisor do estudo.
O mentol, também conhecido como cânfora de hortelã, é um composto orgânico que tem qualidades anestésicas, mas pode ser tóxico em altas doses.
No entanto, os pesquisadores indicam que novos estudos precisam ser feitos para entender qual a quantidade ideal para ser consumida de mentol e qual a tolerância das pessoas sobre a substância. O estudo foi publicado no Journal of the American Board of Family Medicine.