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A busca por um tratamento que ajude no combate ao novo coronavírus segue sendo feita ao redor do mundo. Como alternativa para alcançar esse objetivo, os Hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, em São Paulo, formaram uma parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) para dar início à novos testes contra a COVID-19.
O tratamento proposto pelas instituições irá contar com a doação de plasma de pessoas que conseguiram se curar do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Os cientistas explicam que, nessa parte do sangue, ficam presentes os anticorpos que foram responsáveis por neutralizar o vírus no organismo.
A esperança é que, ao ser aplicado em pacientes que estejam em estado grave, o plasma possa favorecer a recuperação de forma mais acelerada, diminuindo a intensidade do vírus no sistema imunológico através dos anticorpos formados.
Esse tipo de teste já foi realizado em outros países durante a pandemia do novo coronavírus. Através da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, médicos chineses divulgaram que o tratamento com o plasma se mostrou eficiente em 10 pacientes que estavam internados em estado grave.
Como fazer a doação
Ainda não foi informado quando a implementação do plasma em pacientes infectados será feita. Porém, a triagem de doadores se iniciou na última segunda-feira (06/04). O Hemocentro de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, divulgou através das redes sociais os pré-requisitos necessários para realizar a doação de plasma:
- Pesar acima de 50kg
- Ter entre 18 e 50 anos de idade
- Mulheres que já engravidaram são consideradas inaptas para a doação
- Ter sido diagnosticado com coronavírus anteriormente
- Estar curado da COVID-19 e sem sintomas nos últimos 14 dias
De acordo com o hemocentro, a doação é feita com materiais descartáveis e leva cerca de 40 minutos para ser realizada. Além disso, não há qualquer custo para os doadores, que devem se encaminhar diretamente ao locais de coleta.
Tratamento de coronavírus
O surgimento do novo coronavírus causou grande impacto na comunidade científica. Logo, os médicos e pesquisadores de saúde começaram uma corrida para identificar as características do vírus e desenvolver um tratamento efetivo contra os efeitos da COVID-19.
Aliada à criação de uma vacina, a medicina batalha para descobrir qual é o melhor procedimento para acabar com a doença. Até o momento, estudos têm apostado em alguns medicamentos já existentes, que foram utilizados para combater outros vírus, como o da Ebola, HIV e malária.
Um dos casos que mais chamou a atenção da comunidade médica, por enquanto, está relacionado ao uso da cloroquina. Estudos clínicos sugerem que ela reduz a replicação do vírus SARS-CoV-2 no organismo do paciente, porém sua utilização ainda está restrita aos casos mais graves de COVID-19.
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