Formada em medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2009. Especializada em infectologia pelo Instituto de...
iÉ especialista em temas relacionados a lifestyle, saúde e bem-estar, além de entusiasta da alimentação saudável sem neuras.
iO que é Novo coronavírus?
Coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. Atualmente, seu nome é sendo associado à pandemia de COVID-19 - doença causada por uma nova espécie de coronavírus, o SARS-CoV-2, cujos sintomas variam desde manifestações leves, como perda de olfato e paladar, até quadros mais graves, que provocam falta de ar e podem levar à morte.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas com COVID-19 podem ser assintomáticos ou desenvolver poucos sintomas da doença. Já aproximadamente 20% dos casos pede atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória - e, desse número, 5% podem precisar de suporte ventilatório.
Outras cepas do vírus já haviam sido identificadas no passado e causam quadros graves de doenças respiratórias, como é o caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002; e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
Transmissão do novo coronavírus: como se proteger
Atualmente, as autoridades de saúde trabalham com três hipóteses sobre os meios de transmissão do coronavírus, considerando especialmente a contaminação por contato (de pessoa para pessoa):
- Por vias respiratórias: através do ar e de gotículas provenientes de espirros, tosse e fala de indivíduos infectados
- Por contato físico direto: através de beijos, abraços e outros tipos de toque que contenham gotículas provenientes de espirros, tosse e fala de indivíduos infectados
- Por contato com superfícies contaminadas: através do compartilhamento de utensílios e ferramentas ou toque em maçanetas, corrimões e outros objetos que contenham gotículas provenientes de espirros, tosse e fala de indivíduos infectados.
"O vírus é transmitido especialmente através de gotículas lançadas no ar quando falamos, tossimos e espirramos. Além disso, é possível se contaminar pelo beijo, abraço e sexo em virtude do contato físico que ocorre nessas situações", explica Ingrid Cotta, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, sobre a possibilidade de contaminação durante relações sexuais, já que a COVID-19 não é uma IST.
Coronavírus nas fezes
Relatos da presença de coronavírus em fezes - inclusive amostras do vírus colhidas na rede de esgoto das cidades - levaram à dúvida sobre uma possível transmissão pelo contato com o material. Entretanto, o médico Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, descarta a possibilidade. “Isso não se verifica com grande frequência. Não há nenhum relato de pessoa que pegou a doença pelo aerossol de vaso sanitário”, afirma.
Por quanto tempo uma pessoa pode transmitir o vírus?
Estima-se que o período médio de incubação do coronavírus é de 14 dias - tempo que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção. De acordo com Ingrid Cotta, os médicos consideram que uma pessoa com COVID-19 pode transmitir o vírus da doença até 14 dias após sua recuperação.
Após análise inicial, o Ministério da Saúde solicitou a realização de uma contraprova, feita pelo Instituto Adolfo Lutz, que confirmou o diagnóstico de COVID-19. Com isso, o Brasil foi o primeiro país da América Latina com caso de coronavírus.
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“Entretanto, dados preliminares do Ministério da Saúde indicam que a transmissão para outras pessoas pode ocorrer mesmo sem o aparecimento de sintomas”, acrescenta a infectologista sobre a possibilidade de transmissão por pessoas assintomáticas.
TESTE: Saiba o que é mito e verdade sobre o novo coronavírus
Coronavírus no Brasil: atualizações
No Brasil, já foram contabilizados 30.067.49 casos de COVID-19 e 660.723 mortes pela doença, até 07 de abril de 2022, segundo dados oficiais divulgados pelo Ministério da Saúde. Oficialmente, o primeiro caso de da doença no país foi registrado oficialmente em 25 de fevereiro de 2020.
Atendido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o paciente era um homem de 61 anos que havia visitado a região da Lombardia, considerada uma área de risco na Itália, na época, e que apresentava sintomas compatíveis com a doença.
Coronavírus no mundo: atualizações
Os primeiros registros de infecções por coronavírus no mundo ocorreram em 31 de dezembro de 2019 na cidade de Wuhan, na China.
Em março de 2020, a OMS declarou que a COVID-19 se tratava de uma pandemia. Em quase nove meses, o número de casos contabilizados da doença passou de 1 milhão de mortes pelo coronavírus.
Vacina contra o coronavírus
Diante do surto global da doença, pesquisadores de diversas partes do mundo trabalharam para elaborar uma vacina contra a COVID-19. Os primeiros imunizantes foram aprovados ainda no final de 2020.
Aqui no Brasil, a vacinação contra COVID-19 começou em janeiro de 2021. Até 31 de março, 7,02% da população havia sido vacinada, segundo o monitoramento sobre coronavírus Ou Word in Data, desenvolvido pela Universidade de Oxford.
Entre as vacinas usadas no país, estão autorizadas para uso emergencial a Covishield, AstraZeneca e CoronaVac, de acordo com a Anvisa.
Especialistas são unânimes em dizer que, por ora, a vacina é a forma mais eficaz de controlar a pandemia de COVID-19 no mundo.
De acordo com o monitoramento realizado pela Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos lideram o ranking dos dez países com o maior número de casos de COVID-19 em 1º de abril de 2021, seguidos pelo Brasil, Índia, França, Rússia, Reino Unido, Itália, Turquia, Espanha e Alemanha.
Quanto aos países que acumulam mais mortes por COVID-19, o ranking lista EUA, Brasil, México, Índia, Reino Unido, Itália, Rússia, França, Alemanha e Espanha, respectivamente.
Sintomas
Os sintomas do novo coronavírus são principalmente respiratórios, muito similares aos de um resfriado comum. Alguns casos ainda podem evoluir para um quadro de infecção do trato respiratório inferior, semelhante a uma pneumonia. Entre os principais sintomas estão:
- Febre
- Tosse seca
- Dificuldade para respirar ou falta de ar
- Coriza
- Dor de garganta
- Perda de olfato e/ou de paladar
- Dor de cabeça
- Cansaço(astenia)
- Distúrbios gastrintestinais (náusea, vômitos e diarreia)
- Diminuição do apetite (hiporexia).
Sintomas menos comuns do coronavírus
- Calafrios
- Manchas vermelhas pelo corpo e outras manifestações de pele (como os "dedos de COVID")
- Gânglios linfáticos aumentados
- Desidratação.
Casos graves de COVID-19
É possível também que o paciente sofra com um quadro mais grave, que acontece quando a COVID-19 está associada a outras doenças e condições de saúde, como a síndrome respiratória aguda e conjuntivite. Nesses casos, o coronavírus pode provocar até mesmo morte.
Segundo o infectologista Ivan França, os casos graves de COVID-19 são, geralmente, quadros em que os pacientes necessitam de respiração mecânica e correspondem a menos de 5% das ocorrências. Nesses casos, o coronavírus pode provocar a morte.
“Dentro disso, também há a insuficiência renal, a falência circulatória, tromboembolismo pulmonar, de membros inferiores, a pneumonia bacteriana associada e temos vistos quadros trombóticos diversos. Existem também vasculites cerebrais, que podem levar a quadros semelhantes ao AVC”, diz o médico.
Fatores de risco para COVID-19
Os casos graves de COVID-19 estão mais relacionados a pessoas que possuem algum tipo de comorbidade ou estão no chamado grupo de risco do coronavírus. Nessa categoria, enquadram-se:
SAIBA MAIS: Diarreia pode ser sintoma de coronavírus: veja cuidados
Diagnóstico
Como diagnosticar o coronavírus
O atual diagnóstico do novo coronavírus segue um protocolo específico, estipulado pelo Ministério da Saúde, a partir de cinco metodologias:
Diagnóstico clínico
O médico analisa se o paciente está com febre, sintomas no trato respiratório (tosse, falta de ar, coriza ou dor de garganta) e outros sinais típicos de COVID-19, como mialgias, distúrbios gastrointestinais, perda ou diminuição do olfato e do paladar.
Em criança, também é comum conferir se ela apresenta desidratação, falta de apetite e se não houve outro diagnóstico de doenças anteriormente. Idosos também pedem atenção especial neste tipo de análise, com olhos para sintomas como desmaios ou perda temporária de consciência, confusão mental, sonolência em demasia, irritabilidade e falta de apetite.
Esse tipo de diagnóstico também deve ser levado em consideração em pacientes com algum quadro grave de doença respiratória, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
SAIBA MAIS: 12 mitos sobre o novo coronavírus que podem confundir
Diagnóstico clínico-epidemiológico
Neste tipo de diagnóstico, em que não é possível uma confirmação laboratorial, o médico identifica a COVID-19 por meio da associação dos sintomas do paciente com o histórico de contato do indivíduo com uma pessoa que teve a doença nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais investigados.
Diagnóstico clínico-imagem
Este tipo de diagnóstico é feito quando não é possível confirmar ou descartar a doença por meio de exames laboratoriais. Então, o médico junta os sintomas respiratórios, mais febre, à alterações na tomografia para concluir se é ou não um caso de COVID-19.
Diagnóstico laboratorial
Se um paciente apresentar os sintomas de COVID-19, o médico pode solicitar exames laboratoriais que auxiliam o diagnóstico da doença. São eles:
- Teste rápido: exame de imunocromatografia que ajuda na detecção de anticorpos a partir do oitavo dia de sintoma
- RT-PCR: bom para detectar o vírus até o oitavo dia de início de sintomas
Outros exames imunológicos que detectam ou não a presença de anticorpos a partir do oitavo dia dos sintomas são:
- Ensaio imunoenzimático (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay - ELISA)
- Imunoensaio por Eletroquimioluminescência (ECLIA)
O método de imunocromatografia também pode ser usado para detectar antígenos (substâncias estranhas), a partir de um reagente para SARS-CoV-2.
Como diagnosticar coronavírus em pessoas assintomáticas
Em pessoas que não apresentam sintomas de COVID-19, a técnica para o diagnóstico da doença é o exame de RT-PCR ou o exame imunológico para análise de anticorpos no organismo.
Fatores de risco
Os casos graves de COVID-19 estão mais relacionados a pessoas que possuem algum tipo de comorbidade ou estão no chamado grupo de risco do coronavírus. Nessa categoria, enquadram-se:
- Idosos
- Pessoas com doenças respiratórias, como asma e bronquite
- Fumantes (tabagismo)
- Pessoas com diabetes
- Pessoas com hipertensão
- Pacientes com HIV
- Doentes cardíacos
- Pacientes imunodeprimidos
- Pessoas com obesidade
- Homens.
Tratamento
Por se tratar de uma nova doença, a COVID-19 ainda não possui um tratamento específico. Desta forma, as pessoas infectadas recebem apenas uma intervenção terapêutica para aliviar os sintomas e garantir o bem-estar do paciente. Entre os cuidados indicados estão:
- Fazer repouso
- Beber bastante água
- Utilizar umidificador no quarto
- Tomar banho quente para aliviar dores e tosse
- Usar medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos), conforme orientação médica.
É muito importante que, assim que os primeiros sintomas surgirem, a pessoa procure ajuda médica imediata, em Unidades Básicas de Saúde ou UPAS de suas cidades, para confirmar o diagnóstico, iniciar o tratamento mais adequado e contribuir para que o vírus não seja transmitido para as pessoas ao redor.
Medicamentos contra COVID-19
Ainda não existe nenhum medicamento específico que teve sua eficácia comprovada contra a COVID-19. “Os remédios até agora testados não tiveram os resultados esperados em estudos. Alguns mostram efeitos nos testes in vitro, mas não em humanos”, alerta Ivan França.
Desde o início da pandemia, muito se discutiu sobre o uso de fármacos já existentes no mercado, como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, remdesivir, entre outros. Entretanto, nenhum deles teve sua eficácia efetivamente comprovada como remédio para a COVID-19.
Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a compra de cloroquina e hidroxicloroquina sem prescrição médica, a fim de evitar que a população se automedique e estoque o produto em casa.
COVID-19: tratamento com corticoides
Recentemente, uma pesquisa brasileira, publicada no periódico científico Journal of the American Medical Association (Jama) mostrou que o uso de corticoides, em especial a dexametasona, ajuda a reduzir o tempo de internação de pacientes adultos por SRAG causada pela COVID-19, que precisam de respiração mecânica.
“O estudo indicou que o uso de dexametasona em pessoas que precisam de oxigênio diminui a internação e mortalidade. Mas, de maneira alguma, é para o paciente tomar o corticoide em casa. Isso porque ele pode fazer mal ao organismo”, explica Ivan Franca. Além do corticoide, outros medicamentos usados no tratamento da doença são anticoagulantes, antitérmicos e analgésicos.
Doação de plasma
Os Hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, em São Paulo, formaram uma parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) para realizar a testes de um possível tratamento contra a COVID-19.
Pessoas recuperadas da doença doaram seu plasma para estudo, uma vez que nesta parte do sangue estão anticorpos responsáveis por neutralizar o vírus no organismo.
Ao ser aplicado em pacientes em estado grave, o plasma pode favorecer a recuperação de forma mais acelerada. Testes na China mostraram que o método foi eficiente em 10 pacientes. Confira como doar plasma. Segundo Ivan França, este tratamento tem sido usado, mas não em larga escala.
Tem cura?
É importante entender a diferença entre a cura da COVID-19 e o controle da pandemia de coronavírus. Estes são dois conceitos distintos. “A doença tem cura, mas a pandemia ainda não está controlada. A forma com a qual controlaremos a disseminação do vírus é através das medidas de prevenção, isolamento social, uso de máscara e, provavelmente, vacina”, completa Ingrid Cotta.
Prevenção
Como se proteger contra a COVID-19
A vacina contra o coronavírus é o principal método de prevenção contra a transmissão do coronavírus e do surgimento de novos casos de COVID-19.
Enquanto o imunizante contra o Sars-Cov-2 não é lançado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde listaram diversas orientações simples que podem ajudar a população a se proteger contra o novo coronavírus. Entre os cuidados básicos e produtos que ajudam a reduzir o risco de contrair ou transmitir a doença, estão:
- Lavar as mãos com água e sabão frequentemente (até a altura dos punhos)
- Higienizar as mãos sempre que possível com álcool gel 70%
- Mesmo com as mãos limpas, evitar tocar olhos, nariz e boca
- Uso de máscaras e proteção facial
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
- Manter os ambientes bem ventilados
- Limpar regularmente o ambiente e superfícies comuns, como móveis, maçanetas e corrimão
- Não tocar olhos, nariz, boca ou máscara com as mãos não higienizadas
- Manter 1 metro de distância entre as pessoas em locais públicos ou de convívio
- Evitar beijos, abraços e aperto de mão
- Higienizar celulares, notebooks, carteiras, brinquedos e demais objetos de uso frequente
- Evitar circulação desnecessária em espaços como lojas, shoppings, ruas, cinemas, igrejas, entre outros locais que possam haver aglomeração.
Produtos de limpeza contra coronavírus
- Álcool gel (produzido à base de etanol e em concentração de 70%)
- Desinfetantes à base de cloro
- Água sanitária à base de hipoclorito de sódio
- Desinfetantes à base de álcool
- Desinfetantes à base de ácido peracético
- Desinfetantes e água sanitária à base de quaternários de amônia
- Desinfetantes à base de fenólicos
- Detergente neutro
- Sabão.
Máscaras caseiras e cirúrgicas
O Ministério da Saúde renovou as recomendações sobre o uso de máscara pela população. Agora, é indicado que seja utilizada em espaços públicos para prevenir a transmissão do SARS-CoV-2.
Entretanto, o uso de máscara cirúrgica do tipo N95/PFF2 só é indicada a profissionais de saúde, para evitar o desabastecimento deste equipamento no mercado..
A recomendação é que a população geral fabrique máscaras caseiras de tecido. As máscaras caseiras impedem a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário, o que garante uma barreira física. Os tecidos recomendados são:
- Tecido de saco de aspirador
- Cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%)
- Tecido de algodão (como camisetas 100% algodão)
- Fronhas de tecido antimicrobiano.
Como medida de prevenção, sua utilização também exige cuidados de manuseio. Para que não haja a contaminação pelo vírus, que pode ficar retido na parte externa do material, o uso das máscaras caseiras é uma intervenção a ser realizada junto com as outras medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, como o distanciamento social, a etiqueta respiratória e a higiene pessoal, visando frear o ciclo da COVID-19 no Brasil.
Vitamina D combate o coronavírus
Um estudo da Universidade de Turim, na Itália, revelou que a vitamina D pode ajudar no tratamento e na prevenção da COVID-19. A descoberta preliminar se deu por meio de uma análise do nível dessa vitamina no organismo de pacientes afetados.
Etiqueta para o isolamento social
Para que o isolamento social funcione enquanto estratégia de contenção do vírus, é importante que a população permaneça em casa, evitando saídas desnecessárias. Entretanto, para ir ao mercado ou farmácia, ou mesmo trabalhar (já que algumas atividades foram retomadas) é importante que se siga certos cuidados, como:
Durante a pandemia de COVID-19, outras pesquisas sobre a relação da vitamina D e o coronavírus foram realizadas. Entre elas, está um estudo conduzido por médicos da Universidade de Chicago e publicada no Journal of the American Medical Association (JAMA).
Um dos autores do estudo, David Meltzer, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Chicago, explicou que ainda é preciso outros estudos para que a vitamina D possa ser usada como método preventivo contra a COVID-19.
No começo da pandemia, o Ministério da Saúde já havia soltado uma nota sobre fake news de coronavírus relacionadas ao uso de vitamina D. Segundo a pasta, ainda não há nenhum medicamento específico ou vacina que possa prevenir totalmente a infecção pelo novo coronavírus.
- Lave as mãos sempre
- Evite usar o celular fora de casa
- Não leve a mão ao rosto
- Visite apenas mercados locais e evite grandes redes que atraem mais pessoas
- Ao chegar em casa, tire a roupa, tome banho e se possível, lave o cabelo
- Retire os sapatos antes de entrar
- Limpe bolsas, embalagens e acessórios.
Complicações possíveis
Redução da capacidade pulmonar
De acordo com as autoridades do hospital Princess Margaret, em Hong Kong, pacientes recuperados da COVID-19 apresentaram uma redução da capacidade pulmonar de 20% a 30%.
Estima-se que o efeito da COVID-19 a longo prazo assemelha-se a uma espécie de fibrose pulmonar - justificando o quadro de alguns pacientes que apresentam maior dificuldade de respirar ao caminhar rapidamente. Entretanto, essa análise ainda é preliminar.
Síndromes coronárias agudas
Em novo estudo publicado pelo jornal científico JAMA Cardiology, revelou-se que a COVID-19 também pode prejudicar o coração. O vírus causa uma inflamação no coração e nas artérias, o que pode levar ao desenvolvimento de um novo quadro de problema cardíaco ou agravar doenças já existentes.
Ainda pouco se sabe sobre essa complicação, mas o estudo identifica que a doença pode ocasionar síndromes coronárias agudas, arritmia, isquemia miocárdica, desenvolvimento de falência cardíaca e miocardite - que podem ser perigosas.
AVC e trombose
Outra complicação que podem estar relacionadas com a COVID-19, é a formação de coágulos pelo corpo, que pode causar trombose e AVC. Inicialmente, essa hipótese foi observada em Wuhan, na China, onde relatórios sugeriram eventos trombóticos em pacientes com idade mais avançada. Agora, centros médicos vêm indicando episódios de AVC em pessoas mais jovens, baseado em relatos da rede hospitalar Mount Sinai, de Nova Iorque (EUA).
Perda de olfato e paladar
A perda de olfato e paladar pode ser sintoma da infecção pela COVID-19. O fenômeno é chamado de anosmia, que significa uma irritação temporária ou até permanente do nervo olfatório, que fica dentro do nariz e leva o estímulo do cheiro até o cérebro. De acordo com Ivan França, é possível que um paciente com a doença fique com o sintoma por até dois meses, mesmo após a recuperação.
Síndrome pós-UTI
O fato de alguns pacientes necessitarem de cuidados em UTI pode fazer com que a recuperação seja mais lenta pelo próprio tipo de tratamento requisitado. “Só o fato do paciente ficar internado, sua sequela é osteomuscular e pode durar meses. Há fraqueza muscular e fraqueza do pulmão, que passou por uma inflamação grave. Além disso, ele pode perder movimentos e há as microembolias que as drogas vasoativas podem gerar”, cita Ivan França.
Perguntas frequentes
Confira o significado de alguns termos relacionados à COVID-19:
SARS-CoV-2
SARS-CoV-2 é o nome oficial dado ao novo coronavírus, que significa "severe acute respiratory syndrome coronavirus 2" (síndrome respiratória aguda grave de coronavírus 2).
COVID-19
O termo se refere ao quadro de infecção viral (doença) provocado pelo SARS-CoV-2. COVID-19 quer dizer "coronavirus disease 2019" (doença do coronavírus 2019, em inglês).
Isolamento
Isolamento é uma ação voluntária tomada por pessoas infectadas com COVID-19 ou indivíduos com suspeita da doença. Essa ação costuma durar cerca de 14 dias, com o período podendo ser encurtado ou prolongado pelos médicos, de acordo com a progressão do quadro.
Quarentena
A quarentena é uma medida restritiva oficial, que busca limitar o trânsito de pessoas como forma de contenção da transmissão do vírus. Diferente do isolamento, a quarentena tem força legal e pode estar sujeita a multas e punições quando não obedecida.
No Brasil, a medida foi adotada nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, com fechamento de estabelecimentos comerciais não essenciais.
Epidemia
Quando uma doença apresenta um alarmante número de casos em várias regiões, geralmente estados ou cidades de um país específico, ela pode ser declarada como epidemia pelas entidades de saúde.
Pandemia
Geralmente, as organizações mundiais declaram pandemia quando o número de casos de uma doença aumenta de forma descontrolada não apenas em uma região, mas em diversos países, sendo considerada uma emergência global.
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Referências
Organização Mundial da Saúde (OMS)
Ministério da Saúde
Marianna Martins Lago, médica infectologista no Instituto Emílio Ribas - CRM 147976-SP
Johns Hopkins University
Ingrid Cotta, médica infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo - CRM 92778 - SP
Ivan França, médica infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz - CRM 93300-SP