Gravidez anembrionária: o que é, sintomas e tratamento

O que é gravidez anembrionária?

A gravidez anembrionada, também conhecida como gravidez anembrionária, ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta no útero, mas não há desenvolvimento de um embrião ou acontece a sua reabsorção. Ela é uma das principais causas de abortamento na gravidez. Muitas vezes, ocorre tão cedo que a mulher nem chega a saber que estava grávida. O aborto espontâneo ocorre quando a gravidez termina sozinha dentro das primeiras 20 semanas.

Quando uma mulher engravida, o óvulo fertilizado se liga à parede uterina. Ao redor de cinco ou seis semanas de gravidez, um embrião deve estar presente. Nesse momento, o saco gestacional, onde o feto se desenvolve, tem cerca de 18 milímetros de largura. Em uma gravidez anembrionada, o saco gestacional se forma e cresce, mas o embrião não se desenvolve.

Causas da gravidez anembrionária

A gestação anembrionada é causada, frequentemente, por alterações cromossômicas do ovo fertilizado. Isso pode ser devido ao esperma ou óvulo de baixa qualidade. Pode ocorrer também devido à divisão celular anormal. Independentemente disso, seu corpo interrompe a gravidez porque reconhece essa anormalidade.

É importante entender que a gestante não fez nada para causar esse aborto e quase certamente não poderia ter evitado. Para a maioria das mulheres, uma gravidez assim ocorre apenas uma vez, com baixíssimo risco de acontecer novamente.

Sintomas da gravidez anembrionada

A gestante apresenta os mesmos sintomas de gravidez. Por exemplo, ela pode ter tido um teste de gravidez positivo, parada da menstruação, náuseas, sonolência e vômitos. Isso ocorre porque há a produção do HGC (gonadotrofina coriônica), o hormônio produzido pela placenta após a implantação.

A placenta pode crescer por um breve período de tempo, mesmo quando um embrião não está presente. Quando a produção de HCG é interrompida, a gestante pode apresentar sinais de abortamento:

• Cólicas abdominais moderadas a intensas
• Sangramento vaginal de leve a moderado
• Parada dos sintomas gestacionais (náuseas, tontura, sonolência).

Entretanto, nem todo sangramento no primeiro trimestre termina em aborto. Portanto, não deixe de consultar o seu médico imediatamente se tiver algum destes sinais.

Diagnóstico de gravidez anembrionária

É necessário a realização de ultrassom para diagnosticar uma gravidez anembrionada, para confirmar que o saco gestacional está vazio. É indicado sempre a repetição do exame após 7 dias da suspeita do quadro para o diagnóstico de certeza do mesmo. O tratamento deve sempre ser discutido entre paciente e médico.

Tratamento de gravidez anembrionária

Para o tratamento de gravidez anembrionária, algumas mulheres optam por realizar a dilatação do colo uterino e posterior curetagem ou a aspiração a vácuo (remoção do conteúdo uterino), com eficácia próxima a 100%. A complicação mais frequente é a infecção, que pode estar presente em até 10% dos casos.

A conduta cirúrgica está sempre indicada em situações de emergência, como em casos de sangramento moderado ou intenso, presença de infecções ou para pacientes que não desejam esperar a eliminação espontânea ou medicamentosa dos produtos da concepção.

O uso de medicamentos como o misoprostol, pode ser outra opção de tratamento para gravidez anembrionária. No entanto, pode levar vários dias para o seu corpo expulsar todo o tecido. Com este medicamento, você pode ter mais sangramentos e efeitos colaterais como dores intensas.

Outras mulheres preferem renunciar ao tratamento médico ou à cirurgia. Elas podem optar pela conduta expectante, esperando que o corpo expulse o tecido gestacional por si só. Esta é uma decisão pessoal, mas que sempre deve ser discutida com seu médico.

Quando engravidar de novo?

Após um aborto, seu médico pode recomendar que você espere pelo menos um a três ciclos menstruais antes de tentar engravidar novamente, dependendo esse tempo do procedimento escolhido para o tratamento da gravidez anembrionada.