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As buscas por um maior entendimento do novo coronavírus seguem sendo realizadas em todo o mundo. Além da descoberta dos diferentes tipos de sintomas, cientistas também procuram entender quais sequelas a contaminação pela COVID-19 pode gerar nos pacientes.
Neste sentido, um estudo realizado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, apontou uma possível relação entre o coronavírus e doenças neurológicas graves. A pesquisa, que contou com a análise de 43 pessoas, identificou o surgimento de uma série de danos cerebrais em 29 dos pacientes infectados pelo vírus.
O grupo contaminado apresentou diferentes complicações no cérebro, que estavam relacionadas a condições como AVC (derrame cerebral), delírio, psicose e encefalite - problema este que pode ser causado por infecções virais, como é o caso da COVID-19.
Outras pesquisas sobre a ligação entre o coronavírus e danos neurocerebrais também seguem ganhando força. Outro estudo realizado por cientistas espanhóis, com cerca de 1.683 pessoas, apontou que quase 2% dos pacientes desenvolveram doenças no cérebro após a contaminação pelo vírus.
Em ambos os estudos, não foram encontrados vestígios do novo coronavírus no fluído cerebral, o que pode indicar que os danos neurológicos nos pacientes tenham sido causados como uma resposta do sistema imunológico à infecção. Este dado, inclusive, inspira uma investigação mais ampla sobre os impactos do vírus no corpo humano.
Impactos da COVID-19
As complicações pulmonares são, até o momento, os danos mais comuns causados pelo novo coronavírus. Diferentes pesquisas apontaram uma redução significativa da função pulmonar em pacientes curados da COVID-19, além do surgimento de condições como a fibrose pulmonar, condição que causa o "endurecimento" do tecido do pulmão.
Já um estudo feito no Texas, nos Estados Unidos, revelou que o coronavírus também pode prejudicar a saúde do coração, causando efeitos como arritmia, isquemia miocárdica, desenvolvimento de falência cardíaca e miocardite.
Os impactos neurológicos causados pelo vírus, apesar de ainda estarem sendo investigados, reforçam o quão grave a COVID-19 pode ser a longo prazo. Mesmo com o número pequeno de pesquisas, os cientistas explicam que entender esses possíveis danos pode ajudar no diagnóstico precoce dos transtornos, auxiliando que o tratamento seja feito de forma rápida e efetiva.
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