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Uma pesquisa comandada pela Mount Sinai, sistema de saúde estadunidense, revelou que o uso de smartwatches pode contribuir para o diagnóstico do novo coronavírus. Durante o estudo, os relógios foram capazes de detectar alterações nos batimentos cardíacos dos usuários uma semana antes dos sintomas da doença se manifestarem.
O estudo contou com a participação de 297 trabalhadores da área da saúde que utilizavam um smartwatch com medidor de variabilidade de frequência cardíaca (VFC) diariamente. "O relógio mostrou mudanças significativas nas métricas de VFC até sete dias antes que as pessoas tivessem feito o teste de esfregaço, confirmando a infecção por COVID-19", relatou o médico Robert P. Hirten, um dos autores do estudo.
Um estudo feito pela Universidade Stanford, nos EUA, também analisou dados dos smartwatches de diferentes marcas para identificar mudanças nos batimentos cardíacos dos participantes. De acordo com os resultados divulgados, 81% dos voluntários que testaram positivo para a doença apresentaram alterações de VFC até 9 dias antes dos sintomas de COVID-19.
Outras pesquisas já demonstraram a relação entre o coronavírus e complicações cardíacas. Um estudo publicado no jornal científico JAMA Cardiology revelou que o patogênico causa uma inflamação no coração e nas artérias, o que pode levar ao desenvolvimento de um novo quadro de problema cardíaco ou agravar doenças já existentes.
Diagnóstico de COVID-19
Nas unidades de saúde, o diagnóstico de COVID-19 é feito a partir de algumas bases metodológicas. É verificado, por exemplo, se a pessoa esteve em contato com uma pessoa contaminada com o novo coronavírus 14 dias antes do aparecimento dos sintomas investigados.
Além disso, o paciente realiza exames laboratoriais, como o teste rápido ou o RT-PCR, para verificar a reação do sistema imunológico ao vírus. Testes de imagem, como a tomografia, também podem ajudar a definir o diagnóstico definitivo.