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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na última quarta-feira (31) o uso emergencial da vacina da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, no Brasil. Desse modo, a vacina fará parte do Plano Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.
Segundo o planejamento, 38 milhões de doses serão entregues no segundo semestre deste ano, escalonadas da seguinte maneira: em setembro, 16,9 milhões de doses; outubro a dezembro, mais 21,1 milhões.
Segurança e eficácia
Em nota, a Anvisa conclui que os estudos apresentados pela farmacêutica mostram que a vacina protege contra a forma grave da COVID-19 e é eficaz para prevenção da doença do coronavírus em pacientes adultos.
Entretanto, a Janssen ainda terá que mostrar resultados sobre a vacina em relação a sua eficácia contra a variante brasileira, segundo entrevista do gerente-geral de medicamentos Gustavo Mendes à CNN.
Dose única
Chama atenção da vacina da Janssen por sua aplicação em dose única. Diferente de outros imunizantes já aprovados aqui no Brasil, como a Coronavac e a Oxford/Astrazeneca, que são feitos em duas doses, a da Janssen necessita apenas de uma dose de 0,5ml e sua eficácia e sentida em 14 dias após a aplicação (66,9% para casos leves e moderados e 76,7% para casos graves).
Como funciona a vacina da Janssen
A vacina da Janssen é um dos atuais imunizantes que utilizam o método de modificação genética adenovírus. Nesse caso, o adenovírus utilizado é o 26 (Ad26).
Ela é indicada para pessoas acima de 18 anos contra a COVID-19 e pesquisas devem ser feitas futuramente para verificar sua segurança e eficácia em adolescentes e crianças.