Redator de saúde e bem-estar, entusiasta de pautas sobre comportamento e colaborador na editoria de fitness.
O governo de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (19), que o Estado começará, a partir de 2022, o ciclo anual de vacinação contra a COVID-19. Segundo Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde de São Paulo, a campanha de imunização terá início em 17 de janeiro de 2022.
O anúncio foi feito durante a entrega de mais um lote do imunizante CoronaVac, produzido pelo Instituto Butantan. A data para a próxima campanha ainda marca um ano da aplicação da primeira dose da vacina contra a COVID-19 no Brasil.
Gorinchteyn também afirmou que, até o início do ciclo, o Instituto Butantan deve contar com a produção de duas vacinas: a Butanvac, que está no processo de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); e a CoronaVac, que é produzida no Instituto a partir do envio de insumos do laboratório chinês Sinovac.
Além disso, o secretário comentou que ainda não há estudos que comprovem a necessidade de uma terceira dose das vacinas atuais, mas afirmou que haverá doses para todos os anos da nova campanha anual.
Alinhamento com o Ministério da Saúde
Apesar do anúncio, Gorinchteyn não confirmou se a data de início do ciclo anual está alinhada à agenda de vacinação do Ministério da Saúde. Porém, o secretário afirmou que o ciclo de imunização deve ser articulado junto ao governo federal.
"Nós entendemos que essa articulação junto com o próprio Ministério da Saúde, junto com o próprio Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), também terão esse entendimento para que possamos expandir essa nova fase de vacinação não apenas para São Paulo, mas para todo o país", explicou o secretário.
O Conass, em nota, reforçou que a prioridade é completar a vacinação da população acima dos 18 anos o mais rápido possível, com a garantia das duas doses necessárias. Além disso, ainda destacou a importância da coordenação do Programa Nacional de Operacionalização da Vacinação contra COVID-19 e a participação essencial da comunidade científica.
Vacinação contra a COVID-19
Segundo os últimos dados fornecidos pelo consórcio de veículos de imprensa, 88.942.995 pessoas já tomaram a primeira dose da vacina contra o coronavírus no Brasil, chegando a 42% da população. Porém, apenas 15,98% da população está totalmente imunizada, ou seja, 33.845.415 pessoas receberam a segunda dose ou um imunizante de dose única.
Diversas autoridades sanitárias brasileiras continuam emitindo alertas sobre a importância da vacinação completa, por conta do grande número de pessoas que perderam a data de aplicação da segunda dose.
No momento, a vacinação não significa que a pandemia chegou ao fim. Por isso, é importante ressaltar que os protocolos de segurança e contenção da transmissão do coronavírus - como o uso de máscaras, higienização e distanciamento social - devem ser seguidos, mesmo após a imunização completa contra o vírus.