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Segundo um comunicado emitido pela Pfizer e BioNTech, o imunizante produzido pelas farmacêuticas é eficaz contra a COVID-19 em crianças de 5 a 11 anos. A conclusão veio após estudos indicarem uma forte resposta imunológica induzida pela vacina no público dessa faixa etária.
Em abril deste ano, as empresas anunciaram a primeira impressão sobre o comportamento do imunizante, que teve 100% de eficácia em adolescentes de 12 a 15 anos. De acordo com o comunicado, os testes clínicos da fase 2 e 3 demonstraram resultados semelhantes aos dados da primeira fase, revelando um bom perfil de segurança.
Agora, será emitido um pedido de autorização para que ela seja aplicada em crianças dos Estados Unidos, Europa e demais países. Vale lembrar que a vacina Pfizer/BioNTech já foi autorizada por agências reguladoras dos Estados Unidos no final de dezembro para pessoas acima de 16 anos.
"Desde julho, os casos pediátricos de COVID-19 aumentaram cerca de 240% nos Estados Unidos, salientando a necessidade de vacinação para a saúde pública", disse Albert Bourla, diretor executivo da Pfizer, durante o comunicado.
Teste da vacina
Para a realização do estudo, foram aplicadas duas injeções de uma dose de 10 microgramas da vacina em cerca de 2.268 participantes de 5 a 11 anos. Assim, foi comparada a quantidade de anticorpos neutralizantes estimulados pelo imunizante ao número obtido no teste feito em adultos.
Os resultados do estudo não foram revelados, a princípio, pelo número baixo de pacientes contaminados que pertencem a essa faixa etária - fator que impede que seja obtida uma porcentagem precisa. Entretanto, as farmacêuticas dizem que os dados são suficientes para que a autorização seja concedida.
"Esses resultados dos testes oferecem uma forte base para buscarmos a autorização de nossa vacina para crianças de 5 a 11 anos, e pretendemos apresentá-los à Agência de Alimentos e Drogas [FDA na sigla em inglês] e a outros órgãos reguladores com urgência", contou Albert.
Vacinação de adolescentes no Brasil
Também desenvolvida pela Pfizer/BioNtech, até o momento, apenas a vacina ComiRNAty foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para jovens entre 12 e 17 anos. A decisão ocorreu após estudos demonstrarem que o imunizante é seguro e eficaz para pessoas nessa faixa etária.
A princípio, serão priorizados os jovens entre 12 e 17 anos que apresentam comorbidades, como doenças cardíacas e diabetes, além de gestantes - consideradas parte do grupo de risco. Em seguida, a imunização será aberta aos demais.
Entretanto, em algumas cidades do Brasil, a vacinação de adolescentes pertencentes ao grupo geral já é uma realidade. No Distrito Federal, jovens de 13 anos receberão a primeira dose a partir do dia 21 de agosto. Em Manaus, a campanha de imunização já atinge pessoas a partir dos 12 anos de idade.
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Apesar de não ser a prioridade máxima, a vacinação infantil contra a COVID-19 tem o papel de ampliar o número de vacinados a fim de reduzir a taxa de transmissão do vírus. Pensando nisso, vários países já iniciaram a imunização de crianças e adolescentes contra o coronavírus.