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A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância de Saúde) aprovou, na última quarta-feira (30), o uso emergencial da pílula Paxlovid, desenvolvida pela Pfizer para o tratamento da COVID-19. Ela é indicada para adultos que tenham testado positivo, não necessitam de oxigênio suplementar, e que apresentam alto risco de progressão para casos graves, incluindo hospitalização ou morte.
A pílula é composta por dois medicamentos antivirais: nirmatrevir, um remédio novo desenvolvido pela Pfizer-BioNTech, e ritonavir, uma droga que já era usada no tratamento do HIV e da AIDS. Em conjunto, os fármacos atuam para bloquear uma enzima que o vírus necessita para se reproduzir no organismo.
Diversos órgãos internacionais já haviam aprovado o medicamento no ano passado, como a FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, e agências da Europa. No Brasil, o pedido de uso emergencial foi enviado à Anvisa em fevereiro. Para a aprovação, foram analisadas todas as evidências científicas, os riscos e os benefícios do medicamento.
Quais são as contraindicações da pílula Paxlovid?
De acordo com a Anvisa, o medicamento não está autorizado para o início de tratamento em pacientes que requeiram hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da COVID-19. Além disso, ela não deve ser usada de forma profilática antes ou depois da exposição com propósito preventivo da infecção. A Paxlovid também não é autorizada para uso por mais de 5 dias.
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Por não haver dados sobre o uso da pílula em mulheres grávidas, recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o período de tratamento com o medicamento e, como prevenção , até 7 dias após o fim da medicação. Pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal também não devem fazer uso do medicamento, segundo a Agência.
Eficácia da Paxlovid para as variantes do coronavírus
A pílula da Pfizer alcançou quase 90% de eficácia para impedir internações e mortes por COVID-19 em pacientes de alto risco, conforme divulgou a empresa em dezembro do ano passado, quando o medicamento estava em análise final. Adicionalmente , os dados de laboratório sugerem que o remédio mantém sua eficácia contra as variantes do novo coronavírus, incluindo a Ômicron.
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