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Sintomas depressivos podem ser um sinal de alerta que antecede um Acidente Vascular Cerebral (AVC), conforme sugere uma pesquisa da Universidade de Münster, na Alemanha, publicada no periódico Neurology no dia 13 de julho. De acordo com os autores do estudo, além de sua prevalência após o AVC, a depressão pode ser notada também antes do acidente.
Os pesquisadores analisaram mais de 10 mil adultos sem histórico de AVC, com idade média de 65 anos, por 12 anos. Durante esse período, 425 sofreram derrame cerebral. Esses pacientes foram comparados a mais de 4.200 indivíduos com antecedentes semelhantes, mas que não tiveram um AVC.
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A cada dois anos, os participantes do estudo eram entrevistados e tinham que responder se haviam apresentado sintomas de depressão na semana anterior, como tristeza, insônia, sentimento de solidão e dificuldade em realizar tarefas. Segundo os autores, os sintomas de depressão frequentemente precederam AVCs e pioraram após o quadro.
Além disso, embora os dois grupos analisados (quem teve AVC e quem não teve) tivessem pontuações semelhantes de seis anos antes, com o passar dos anos, os participantes que estavam prestes a sofrer um AVC ficaram cada vez mais deprimidos até adoecerem.
29% que tiveram AVC apresentaram sintomas depressivos
De acordo com o estudo, 29% das pessoas que estavam prestes a ter um AVC atendiam aos critérios de depressão em comparação a 24% das que não tiveram um AVC. No momento do AVC, 34% apresentavam sintomas depressivos.
“Isso sugere que o aumento dos sintomas de depressão antes do AVC são, em sua maioria, alterações sutis e que podem nem sempre ser clinicamente detectáveis. No entanto, até mesmo pequenos aumentos nos sintomas depressivos, especialmente sintomas relacionados ao humor e à fadiga, podem ser um sinal de que um AVC está prestes a ocorrer”, disse Maria Blöchl, uma das autoras do estudo, em comunicado à imprensa.
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A pesquisadora ressalta que ainda não está claro se esses sintomas depressivos pré-AVC podem ser usados para prever quem terá um derrame cerebral. Mais estudos são necessários para entender por que esses sintomas aparecem antes do AVC.