Médica do esporte (RQE 76855), pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), pós-graduada...
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A vitamina D é muito conhecida pela sua importância para a saúde óssea. Porém, o que muita gente não sabe é que ela também é essencial para vários outros processos vitais do nosso organismo, incluindo o funcionamento do cérebro e a manutenção da saúde mental.
Dessa forma, além de favorecer o aparecimento de osteoporose, hipertensão, infecções respiratórias, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, a falta de vitamina D também pode estar associada ao desenvolvimento de quadros de depressão e ansiedade.
Estudos ainda apontam que a carência desse nutriente é capaz de aumentar as chances de desenvolver síndrome de burnout. Esse distúrbio psíquico está relacionado ao esgotamento emocional e níveis extremos de estresse no trabalho, podendo causar cansaço constante, despersonalização, dificuldades de concentração, alterações no sono e no apetite.
Não se sabe exatamente como a vitamina D interfere no cérebro para que isso aconteça. A única afirmação que pode ser feita com certeza é que os pacientes com doenças psiquiátricas, geralmente, apresentam baixos níveis desse nutriente no organismo (talvez até por se alimentarem mal e não saírem muito de casa). Mas acredita-se que os seus receptores cerebrais tenham alguma influência na regulação de hormônios ligados ao desenvolvimento de depressão, ansiedade e burnout.
Esteja com a vitamina D em dia
De forma geral, para evitar a síndrome de burnout e outros problemas de saúde, o recomendado é manter os níveis de vitamina D sempre sob controle. Isso pode ser feito por meio da exposição solar, por cerca de 15 a 20 minutos por dia, e da ingestão de alimentos como salmão, sardinha, ovos, cogumelos, leite e manteiga - que contêm o nutriente em pequenas quantidades.
Caso isso não seja o suficiente, pode ser necessário fazer a suplementação, que deve ser adaptada às necessidades de cada pessoa. Assim, antes de iniciar essa reposição nutricional, o ideal é procurar um médico para verificar se os níveis de vitamina D estão abaixo do adequado e, então, receber orientações sobre o tratamento.
Em 2018, uma pesquisa IBGE mostrou que o problema é muito mais frequente do que se imagina, já que 99% dos homens e 100% das mulheres entre 19 e 59 anos têm níveis insuficientes de vitamina D. Muitos desses casos, aliás, são assintomáticos, mas é importante suspeitar de sintomas como cansaço excessivo, dores ósseas e queda de cabelo constante.
Outros cuidados
Além de tudo isso, para prevenir a síndrome de burnout, é indicado também:
- Aliviar o estresse com atividades físicas ou de lazer;
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Manter uma alimentação equilibrada, com todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo;
- Ter boas noites de sono para enfrentar a rotina com disposição;
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Cultivar relações pessoais e profissionais saudáveis em que predominem a empatia e o respeito;
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Definir pequenos objetivos para reduzir a pressão em relação ao futuro.