Afinal, dá para saber se o ovo está estragado sem quebrar a casca?

Consumir um ovo estragado pode causar diversos problemas de saúde, entre eles uma forte intoxicação alimentar. A boa notícia é que isso é raro de acontecer, já que é possível perceber quando este alimento está próprio para o consumo ou não.

Casca deteriorada, cheiros e cores fortes, diferentes do padrão, costumam ser algumas das principais características físicas do ovo estragado. Porém, muita gente já foi pega de surpresa ao abrir um ovo direto na frigideira e perceber que ele estava podre — mesmo que, por fora, ele aparentasse estar normal.

Então, será que existe alguma maneira de saber que o alimento não está bom para o consumo sem precisar quebrar a casca? E como você pode evitar que ele estrague depois de comprado? Confira a seguir:

Como identificar um ovo estragado?

De acordo com a nutricionista do Instituto Ovos Brasil, Lúcia Endriukaite, além do forte odor e das cores diferentes da gema e da clara, quando o ovo está estragado, sua casca fica extremamente porosa, permitindo trocas gasosas entre o conteúdo interno e seu exterior. 

De fato, é difícil de reconhecer por fora quando o ovo está começando a estragar. Para esses casos, segundo a especialista, uma boa dica para identificar a qualidade do ovo é colocá-lo na água: se o ovo estiver fresco, irá afundar; caso ele esteja mais envelhecido, irá flutuar, podendo estar impróprio para consumo.

Portanto, a nutricionista recomenda que o ovo seja quebrado em um recipiente separado antes de ser adicionado à receita. “Isso porque não é possível avaliá-lo totalmente sem que ele seja quebrado. É recomendado sempre abri-lo à parte, nunca adicionando-o direto na receita ou na frigideira”, afirma. 

Como armazenar os ovos da maneira correta?

Além desse cuidado ao utilizar o ovo, é fundamental saber armazenar o alimento de forma adequada para que ele dure mais e não estrague com facilidade. Afinal, o ovo é um produto perecível que exige cautela em sua conservação para não oferecer riscos à saúde.

“O ideal é não deixá-lo ao sol e não armazená-lo em lugares quentes, preferindo locais frescos e arejados. Ele também não deve ser armazenado próximo a produtos com cheiro, como desinfetantes, produtos químicos e inseticidas”, instrui a especialista.

O local correto de armazenamento dos ovos ainda divide muitas opiniões: enquanto alguns preferem deixá-los na geladeira, outros acreditam que conservá-los em uma despensa, por exemplo, pode ser a melhor solução. Para Lúcia, o refrigerador é o mais indicado — com uma ressalva!

“Acredita-se que a variação de temperatura que o ovo sofre na porta da geladeira com o ‘abre e fecha’ constante pode favorecer a deterioração do alimento. Portanto, o local ideal para armazenamento é um local limpo, fresco e arejado, preferencialmente na parte interna da geladeira”, indica a nutricionista. 

Outra recomendação é manter a embalagem junto com os ovos, para que seja possível verificar as datas. Isso porque a validade do alimento pode variar de acordo com os processos pelos quais ele passou. A depender do fabricante, a validade média do ovo é de até três meses.

Vale ressaltar ainda que lavar o ovo antes de armazená-lo acelera seu processo de envelhecimento, pois retira uma película fina que envolve a casca e facilita a entrada de microrganismos. “O ovo deve ser higienizado somente no momento se der utilizado; este procedimento reduz o risco de contaminações”, explica a nutricionista.