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O Ministério da Saúde divulgou, na quinta-feira (26), que a primeira etapa do novo plano de vacinação contra COVID-19 começará em 27 de fevereiro com a aplicação da vacina bivalente da Pfizer. Trata-se de um reforço atualizado que protege contra a cepa original do coronavírus e contra as subvariantes da ômicron.
Segundo a pasta, os grupos mais vulneráveis e que foram vacinados com ao menos duas doses da vacina monovalente (as versões anteriormente fabricadas) receberão a bivalente. A meta é vacinar 90% da população-alvo. Nesta primeira etapa, os grupos serão vacinados na seguinte ordem de prioridade:
- Fase 1: pessoas com 70 anos ou mais, moradores de instituições de longa permanência (ILP), imunocomprometidas, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
- Fase 2: pessoas com 60 a 69 anos;
- Fase 3: gestantes e puérperas;
- Fase 4: profissionais da saúde.
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De acordo com Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreviníveis, só será vacinado com a bivalente quem já tomou, pelo menos, duas doses do imunizante monovalente. Quem tomou apenas uma dose, terá que tomar ainda a segunda dose da primeira versão para tomar a bivalente.
Reforço da campanha para demais grupos
Além da aplicação da vacina bivalente para os grupos prioritários, o Ministério da Saúde também pretende intensificar a campanha com a vacina monovalente para pessoas maiores de 12 anos. O objetivo é aumentar a cobertura vacinal nesse público. A recomendação é:
- Uma dose de reforço para quem tem até 40 anos;
- Duas doses de reforço para quem tem mais de 40 anos.
Além disso, o ministério irá antecipar 8,5 milhões de doses da Pfizer baby (para crianças de seis meses a quatro anos); 9,2 milhões de doses da Pfizer pediátrica (crianças de cinco a 11 anos) e 2,6 milhões de doses da CoronaVac (para crianças de três a quatro anos). Tudo isso para aumentar, também, a cobertura vacinal em crianças.
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O Ministério da Saúde pretende, também, iniciar uma campanha de informação para ressaltar a importância da vacinação contra COVID-19 e de suas doses de reforço. “Estou muito confiante nessa campanha de vacinação, mas sei que ela é muito complexa. Vamos trabalhar para reduzir os gargalos todos. A resposta não será única. O Brasil é muito complexo. Alguns municípios avançaram bem, outros, não. Vamos avançar nesse diagnóstico”, afirmou Nísia Trindade, ministra da saúde.