Graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos - UNILUS, Matheus Alves Álvares fez residência médica em Pediatria...
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O raquitismo é conhecido por adoecer os ossos de crianças e adolescentes, provocando deformidades ósseas nos casos mais graves. Para evitar esse tipo de sequela, o tratamento deve começar o mais rápido possível e ser feito sempre sob orientação médica, já que as recomendações podem variar de acordo com a pessoa.
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Conforme explica Matheus Alves Álvares, do Sabará Hospital Infantil, o mais importante para definir como a doença será tratada é estabelecer a sua causa a partir do histórico do paciente e dos resultados de exames de imagem e laboratoriais.
Se o raquitismo acontece devido à falta de vitamina D, cálcio ou fósforo no organismo, os especialistas costumam indicar:
- Suplementação;
- Mudanças na dieta para torná-la mais nutritiva;
- Aumento da exposição solar nos casos em que a doença foi causada especificamente pela deficiência de vitamina D. As crianças acima de seis meses devem tomar entre seis e oito minutos de sol por dia, três vezes por semana, usando apenas fralda. Abaixo dessa idade é indicado evitar o sol direto na pele.
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Já quando o raquitismo surge em decorrência de outra condição médica, a causa inicial precisa ser tratada. Se ela for uma doença renal, por exemplo, a solução para os dois problemas pode ser a diálise.
Possíveis complicações
Caso o tratamento não seja feito da forma adequada, as consequências são das mais variadas. “Pode haver comprometimento da estatura e surgimento de fraqueza muscular, dores nos ossos e nos músculos”, exemplifica o endocrinologista Matheus Alves Álvares.
As sequelas mais populares, no entanto, são as deformidades ósseas, que geralmente acometem os pulsos, os tornozelos, a coluna, os dentes e a caixa torácica - o que, em alguns casos, pode levar ao aumento de infecções respiratórias.
A boa notícia, de acordo com a ortopedista Natasha Vogel, do Sabará Hospital Infantil, é que até as sequelas podem ser tratadas. Isso é feito por meio do uso de gessos, órteses ou até mesmo cirurgias nos casos mais graves, quando é necessário bloquear o crescimento ósseo em algumas regiões ou, então, cortar partes dos ossos para corrigir possíveis desalinhamentos.
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A realização de um tratamento adequado é capaz de não só pausar o avanço do raquitismo, mas também de reverter as alterações provocadas por ele no organismo, melhorando a mobilidade e as dores do paciente.