Graduada em Psicologia pela Universidade Bandeirante de São Paulo (UNIBAN), Lizandra Arita é psicóloga institucional e c...
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iO TDAH, sigla para transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, é uma condição neurológica caracterizada por sinais de desatenção e de impulsividade. O TDAH tem como causa componentes genéticos e ambientais, em que provavelmente vários genes, em combinação com um ambiente hostil, afetam a estrutura química e anatômica do cérebro.
Como os diagnósticos de TDAH têm sido cada vez mais comuns, a condição gera preocupação entre mães, pais e cuidadores, já que o transtorno aparece na infância e, na maioria dos casos, acompanha o indivíduo por toda a vida. Mas, afinal, TDAH tem cura? Continue lendo para entender!
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TDAH tem cura?
O TDAH não tem cura, mas tem tratamentos capazes de controlar os sintomas. “O fato de o TDAH não ter uma ‘cura’ definitiva pode, inicialmente, parecer desanimador para muitos indivíduos e seus familiares. No entanto, é essencial entender que o prognóstico do TDAH pode ser positivo com um tratamento adequado e a adoção de estratégias e manejo eficazes”, explica Lizandra Arita, psicóloga da clínica Mantelli.
Segundo ela, o primeiro passo envolve reconhecer que o TDAH não é uma questão de falta de vontade ou caráter. “É um distúrbio neurobiológico complexo que afeta a regulação de comportamento, planejamento, atenção e impulsividade. Portanto, a abordagem terapêutica para o TDAH visa principalmente ajudar os indivíduos a gerenciarem os sintomas e a desenvolverem habilidades que lhes permitam funcionar de maneira mais eficaz em diferentes áreas da vida”, completa.
Tratamento de TDAH
Então, como é feito o tratamento de TDAH para que ele fique sob controle? O processo envolve uma combinação de intervenções psicossociais, medicamentos e suporte educacional. A terapia comportamental cognitiva, por exemplo, pode ser especialmente útil para ajudar os indivíduos a desenvolverem habilidades de organização, planejamento e autorregulação.
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“Além disso, a educação sobre o TDAH e o treinamento em habilidades sociais podem ajudar os indivíduos a entenderem melhor seus desafios e aprimorarem suas interações interpessoais”, fala Lizandra.
Os medicamentos, como os estimulantes, podem ser prescritos para ajudar a controlar os sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade em muitos casos. “É importante notar que a eficácia dos medicamentos pode variar de pessoa para pessoa, e o tratamento deve ser individualizado e monitorado de perto por profissionais de saúde”.
Além disso, estratégias de apoio na escola, como acomodações educacionais e planos de intervenção individualizados, podem ajudar a garantir que os alunos com TDAH tenham acesso aos recursos necessários.
“Embora o TDAH possa apresentar desafios significativos, é importante enfatizar que muitos indivíduos com esse transtorno podem levar vidas produtivas e satisfatórias com o suporte adequado. Com tratamento e intervenção adequados, é possível aprender a gerenciar os sintomas do TDAH e aproveitar as próprias habilidades e pontos fortes”.
É essencial lembrar que o progresso no gerenciamento do TDAH pode ser gradual e exigir tempo, paciência e dedicação. O apoio da família e de amigos também desempenha um papel crucial no processo de adaptação e crescimento. "O importante é que, com o apoio certo e o compromisso de buscar estratégias eficazes de manejo, os indivíduos com TDAH podem alcançar seus objetivos, uma qualidade de vida melhor e um bom prognóstico", finaliza a psicóloga.
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