Ginecologista obstetra especialista em reposição hormonal
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O óvulo vaginal é um medicamento, semelhante a um supositório, administrado via intravaginal para o tratamento de uma série de condições — como a candidíase vaginal. Normalmente, eles são feitos em forma sólida e, quando inseridos no canal vaginal, se dissolvem e liberam substâncias ativas capazes de tratar a infecção e amenizar os sintomas.
É importante que o óvulo para candidíase seja utilizado com a orientação de um ginecologista, que pode orientar desde a introdução do remédio até o tempo adequado de tratamento. Em caso de dúvida, consulte um especialista.
Para que serve o óvulo para candidíase?
O óvulo para candidíase serve para introduzir antifúngicos no canal vaginal, como isoconazol, clotrimazol e fenticonazol, capazes de combater a proliferação desordenada do fungo Candida albicans, principal responsável pela infecção. Eles também atuam no alívio dos sintomas, como coceira vaginal, ardência e corrimento branco.
"Os óvulos vaginais são muito eficientes e normalmente utilizados em dose única, então é mais confortável para o paciente do que os cremes vaginais. Além disso, existem óvulos que podem ser usados para prevenção, contendo lactobacillus, ácido bórico ou vitamina C. Depende da indicação para cada paciente", explica Maria Carolina Dalboni, ginecologia obstetra e especialista em reposição hormonal.
Uma vantagem do óvulo vaginal é que, além de simples de usar, ele geralmente causa menos efeitos colaterais do que os remédios para candidíase de uso oral. Contudo, por ser administrado em dose única, Maria aponta que a concentração é mais elevada, o que pode resultar em queimação ou coceira no momento da aplicação, que normalmente cessa após 20 a 30 minutos.
Como usar o óvulo para candidíase corretamente?
Antes da aplicação, lembre-se de higienizar as mãos antes e depois. É recomendado que o óvulo vaginal seja aplicado durante a noite, antes de dormir, para que o medicamento tenha mais tempo de agir na infecção — além de reduzir o risco dele sair antes do tempo. Não introduza o remédio em caso de menstruação.
Além disso, o ideal é evitar o contato íntimo durante o uso do óvulo para candidíase, pois o medicamento pode reduzir a eficácia e segurança dos métodos anticoncepcionais feitos com látex, como camisinha.
Como inserir o óvulo para candidíase?
Os óvulos vaginais podem ser introduzidos na vagina com o auxílio de um aplicador, que normalmente acompanha a embalagem do medicamento. Na ausência dele, pode-se usar o dedo, mas sempre tomando cuidado para o tempo de contato com as mãos não derreter o óvulo.
A posição ideal para a inserção do óvulo vaginal é deitada de costas, com as pernas flexionadas e separadas. Veja as instruções de aplicação:
Com aplicador: ao retirar o óvulo da embalagem, faça apenas uma leve pressão para colocá-lo no aplicador. Deitada com as pernas flexionadas e separadas, introduza delicadamente o aplicador profundamente na vagina e empurre o êmbolo totalmente para que o óvulo seja depositado no fundo do canal vaginal. Retire o aplicador, descarte-o e lave as mãos.
Com o dedo: retire o óvulo da embalagem e, com o dedo, introduza o óvulo profundamente no canal vaginal. Evite o contato do medicamento com as mãos por muito tempo, pois o calor pode derreter o óvulo e tornar mais difícil a aplicação. Em seguida, lave as mãos.
No dia seguinte, é normal sentir alguns vestígios do medicamento. Mas, se notar que o óvulo saiu por inteiro ao acordar, pode indicar que ele não foi dissolvido nos fluidos da mucosa vaginal. Nesses casos, converse com o ginecologista para entender possíveis alternativas ao tratamento — como o uso de cremes ou pomadas vaginais, por exemplo.
Leia também: 6 opções de pomada para candidíase (e como usar)
Contraindicações do óvulo para candidíase
O óvulo vaginal é contraindicado para crianças, homens, em casos de alergia aos componentes do medicamento ou durante o período menstrual. Embora a absorção vaginal do óvulo seja baixa, o uso durante a gravidez deve ser feito apenas com orientação de um médico.