Jornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iVocê já parou para pensar no quanto os médicos se dedicam para cuidar da nossa saúde? Eles estão sempre salvando vidas, lidando com situações difíceis e enfrentando desafios que muitas vezes nem fazemos ideia. Mas, assim como qualquer ser humano, eles também têm limites.
Em 2024, o burnout – aquela sensação de exaustão extrema – continua sendo um grande problema na área da medicina. Recentemente, o site Medical News Today publicou um artigo dizendo que cerca de 49% dos médicos relatam estar esgotados com a sua profissão.
O veículo ainda publicou um ranking com as 5 especialidades médicas que mais lidam com burnout e o MinhaVida trouxe essa lista para você. Acompanhe!
1. Médico de emergência
O site Medical News Today apontou que 63% dos médicos que trabalham na emergência relatam ter um quadro de burnout.
Os médicos que atuam nesse setor estão sempre enfrentando turnos longos e sem pausas adequadas para descanso. Sem falar da falta de profissionais qualificados, que também intensifica a carga de trabalho daqueles que estão na linha de frente, levando a uma exaustão ainda mais acelerada.
Os profissionais que atuam na emergência estão sempre sob pressão para agir rapidamente sem chances de errar, o que acaba criando um ambiente de muito estresse. Além disso, a natureza imprevisível das emergências médicas impede qualquer forma de planejamento ou rotina estável, o que pode ser exaustivo mentalmente e fisicamente.
Além disso, lidar todos os dias com situações traumáticas tem um impacto profundo no emocional das pessoas. Médicos de emergência acompanham vítimas de acidentes graves, doenças fatais e momentos de intensa dor e sofrimento. O contato constante com essas situações pode levar a um desgaste emocional severo.
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2. Ginecologista e obstetra
Os médicos obstetras e ginecologistas atendem mulheres em todas as fases da vida: durante a puberdade, a vida adulta, a gravidez e a menopausa. Eles também lidam diariamente com a saúde íntima e reprodutiva das mulheres, desde consultas de rotina até partos de risco.
O estresse emocional dessa especialidade é constante, pois enfrentam situações delicadas que exigem não apenas habilidade técnica, mas também sensibilidade e empatia para lidar com as pacientes e suas famílias.
Fazer um parto, embora seja gratificante, pode vir acompanhado por uma série de complicações, como uma hemorragia severa, por exemplo, que pode comprometer a vida da paciente e do bebê. São agravantes como esse que acabam tornando essa profissão muito estressante e exaustiva, resultando em casos de burnout.
3. Oncologia
Ainda de acordo com Medical News Today, 53% dos oncologistas relatam esgotamento em seu trabalho e, por esse motivo, ocupam a terceira posição no ranking de médicos com burnout.
Não é preciso pensar muito para descobrir por que essa especialidade sofre com esse problema. Os oncologistas lidam diariamente com o câncer, o que significa que eles também enfrentam a morte de perto e dão notícias difíceis aos pacientes e suas famílias quase que diariamente.
Esses profissionais, muitas vezes, sacrificam seu próprio bem-estar em prol dos outros, o que pode levar ao desgaste físico e emocional.
4. Pediatra
Imagine um dia comum na rotina de um pediatra: consultas agendadas de 15 em 15 minutos, pais preocupados com o desenvolvimento de seus filhos, casos complexos que exigem decisões rápidas e precisas..
O burnout, ou esgotamento profissional, não escolhe profissão, mas os pediatras estão especialmente vulneráveis a esse quadro. Lidar com o bem-estar de crianças e adolescentes vai muito além do diagnóstico e prescrição. Envolve um aspecto emocional, que pode ser tanto gratificante quanto exaustivo.
5. Médico de família
O médico de família é aquele profissional que acompanha o paciente em todas as fases da vida. Desde a infância até a terceira idade, ele está presente, conhece histórias, preocupações e medos de cada um. Essa proximidade, embora enriquecedora, pode ser emocionalmente desgastante.
Eles são capazes de lidar diariamente com a carga emocional dos pacientes, além das suas próprias, o que aumenta o risco de burnout.
Com o envelhecimento da população e o crescimento de doenças crônicas, os médicos de família estão atendendo a um número cada vez maior de pacientes. A sobrecarga de trabalho, muitas vezes sem recursos adequados, contribui para o esgotamento físico e mental.
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