Graduado em Medicina pela UNIFESP, é médico credenciado pelo Hospital Albert Einstein e diretor técnico de saúde do Hosp...
iJornalista com sete anos de experiência em redação na área de beleza, saúde e bem-estar. Expert em skincare e vivências da maternidade.
iUm professor brasileiro está apostando em uma abordagem simples, mas promissora, para ajudar a melhorar a vida de quem convive com a bipolaridade.
No Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP, um estudo inovador está testando o poder dos probióticos como aliados no tratamento de sintomas depressivos em pessoas com transtorno bipolar que não respondem bem aos medicamentos tradicionais.
A pesquisa, liderada pelo professor Beny Lafer, explora como a conexão entre o intestino e o cérebro pode abrir novos caminhos para o tratamento dessa condição.
Durante 12 semanas, os participantes receberão um probiótico que pode trazer não só benefícios para a saúde mental, mas também para o metabolismo. E o melhor de tudo? O tratamento é totalmente gratuito e inclui acompanhamento no IPq, além de suporte para transporte e alimentação nos dias de atendimento. É uma chance única para quem busca alternativas para enfrentar os desafios da bipolaridade.
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Saiba mais sobre essa aposta de tratamento para a bipolaridade
Imagine poder melhorar os sintomas da bipolaridade com algo tão simples quanto um suplemento? Essa é a aposta de um estudo liderado pelo Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da USP.
O projeto, que busca novos tratamentos para a depressão em pessoas com transtorno bipolar que não respondem bem aos medicamentos, está utilizando um probiótico com efeitos promissores no “eixo intestino-cérebro”. Qualquer um que se encaixe nos critérios pode participar gratuitamente.
Sob a coordenação do professor Beny Lafer, o estudo se baseia em evidências que mostram que a modulação da flora intestinal pode ter efeitos antidepressivos. Trata-se de um tratamento que vai além dos medicamentos tradicionais e que explora a conexão entre o intestino e o cérebro. Esse eixo intestino-cérebro é uma espécie de rua de mão dupla, onde o que acontece no seu intestino pode afetar diretamente o seu humor e a sua saúde mental.
A proposta do estudo é simples e eficaz: por 12 semanas, os participantes tomarão um probiótico junto com seus medicamentos habituais. Eles terão três atendimentos presenciais no IPq, além de acompanhamentos online ou por telefone. E para facilitar, o Instituto ainda cobre os custos de transporte e lanche nos dias de consulta.
O professor Lafer explica que este estudo é o primeiro ensaio terapêutico controlado de probióticos para depressão bipolar. Até agora, as pesquisas já mostraram que a flora intestinal pode influenciar o sistema nervoso central, ajudando na síntese de neurotransmissores, no controle da inflamação e até na plasticidade do hipocampo. Em outras palavras, mexer na microbiota pode abrir novas portas para tratar a bipolaridade.
Além de monitorar a melhora dos sintomas, a equipe vai avaliar marcadores de inflamação e resistência à insulina, o que pode oferecer pistas valiosas sobre como o probiótico atua no corpo. Esses marcadores são especialmente importantes porque a resistência à insulina está ligada a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares e diabetes.
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Para participar, os interessados precisam atender aos seguintes requisitos:
- Ter de 18 a 65 anos;
- Possuir transtorno bipolar tipos I ou II;
- Estar tomando antidepressivos, antipsicóticos ou estabilizadores de humor;
- Apresentar episódio depressivo atual ou sintomas residuais.
As vagas para o tratamento são limitadas. Aqueles que se encaixarem nos critérios, devem entrar em contato com a equipe pelo telefone (11) 97825-2909 (falar com Michelle) ou pelo e-mail pesquisaproman@gmail.com.
O que é o transtorno bipolar?
O transtorno bipolar é uma condição que afeta milhões de pessoas no mundo todo. De acordo com um artigo escrito para o MinhaVida, o psiquiatra Pérsio de Deus explica que esse é um problema marcado por dois extremos: euforia e depressão.
“O quadro envolve dois momentos distintos, nos quais a pessoa altera completamente sua maneira de ser e permanece alterada por um período médio de quatro meses, tanto na fase eufórica ou maníaca quanto na fase depressiva. O transtorno afetivo bipolar verdadeiro é uma doença séria e que necessita de tratamento muito adequado e criterioso”, disse o especialista.
Por isso, caso perceba sintomas desse transtorno, é importante procurar a ajuda de um médico psiquiatra para uma avaliação o quanto antes.
*Esse conteúdo foi produzido com a intenção de informar e o MinhaVida não tem relação com a pesquisa conduzida pela USP.