Manuela Pagan é jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero (2014) e em fisioterapia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2008).
iVocê sabe reconhecer as diferenças entre o batom comum e o batom de longa duração? "O batom clássico reúne, além de corante, óleos, ceras e gordura, já os batons de longa duração são compostos por muita cera, pouco óleo e alta concentração de pigmentos", explica a dermatologista Ana Maria Pinheiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Esse é o motivo pelo qual a última opção acaba permanecendo horas e horas nos seus lábios e é ideal para aquela festa de arromba em que você vai estar muito mais preocupada em se divertir que em retocar a maquiagem. Mas antes de colorir os lábios com a sua cor favorita, é preciso saber qual é a forma correta de usar o batom de longa duração: há maneiras especiais para passar, retocar e, principalmente, retirar. Nós te contamos tudo a seguir. Confira.
Chumbo: tem ou não tem?
A polêmica é grande: muito se fala que o batom, principalmente o de longa duração, contém grandes quantidades de chumbo, um metal pesado que, se absorvido em grandes quantidades, pode ser nocivo ao organismo, pois é dificilmente expelido pelo nosso organismo, podendo provocar males como distúrbios do sistema nervoso, alterações renais, cardíacas e gastrintestinais. A química Marília Peixoto, da fabricante de cosmético Payot, explica: "qualquer batom pode ter metais pesados, até porque alguns corantes e cores são fornecidos por alguns metais, mas as dosagens são limitadas e não chegam a causar problemas". Quanto ao chumbo, a especialista específica que o acetato de chumbo está regulamentado apenas para uso em tinturas capilares (em dosagens limitadas de segurança), portanto, este elemento não existe no batom.
Marília Peixoto explica que o teste feito friccionando um anel de ouro em batom passado na mão não é capaz de detectar presença de chumbo no batom. "O traço preto que eventualmente pode ocorrer ao esfregar o anel no batom é resultado de um processo de oxidação do próprio ouro, e isso pode acontecer também com outros metais", explica. "O chumbo não está, necessariamente, relacionado com o risco de câncer".