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Atualizado em 20/01/2021
Os sintomas de HIV, vírus causador da AIDS, podem ser bastante silenciosos no começo da presença do vírus no corpo.
Dividida em 4 estágios, as fases da infecção do HIV apresentam sintomas diferentes no corpo e nomes variados, até que a presença do vírus configure-se na AIDS propriamente dita. Entenda:
Além de fazer os exames de triagem pelo menos uma vez por ano, é necessário ficar atento a qualquer sintoma de HIV que apareça após uma possível exposição ao vírus.
Sintomas do HIV
De maneira geral, os sintomas mais comuns são:
- Febre
- Mal-estar
- Manchas vermelhas pelo corpo
- Aumento dos linfonodos, ou ínguas
- Dor de cabeça
- Dor muscular
- Erupção cutânea
- Calafrio
- Dor de garganta
- Úlcera oral ou genital
- Dor nas articulações
- Sudorese noturna
- Diarreia
- Tosse
Confira os estágios da infecção por HIV e as particularidades de cada fase:
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1º Fase - Infecção aguda
Após a transmissão do vírus, há um período de cerca de 10 dias, denominado de fase eclipseG, antes que o vírus seja detectável em exames de sangue.
Durante esse tempo, o vírus é disseminado primeiro para os linfonodos - que ficam próximos ao pescoço - em número suficiente para estabelecer e manter a produção de vírus nestes tecidos.
O HIV se replicando consegue então circular livremente pela corrente sanguínea, causando um pico de infecção viral por volta de três a seis semanas após a exposição.
Essa fase, chamada de infecção aguda, pode gerar uma resposta do sistema imunológico para combater a infecção, mas esta resposta já é tardia. Confira alguns sintomas que este período pode causar:
- Febre
- Mal-estar
- Indisposição
- Dor de cabeça
- Dor nas juntas.
O infectologista Stefan Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz diz que estes são os sinais mais comuns. Esses sintomas de HIV ocorrem porque o corpo tenta combater o vírus como uma infecção qualquer.
"Esse quadro não se complica e é autolimitado, ou seja, melhora sozinho", lembra o especialista. Quando os sintomas de HIV iniciais desaparecem, a pessoa pode passar anos sem dar qualquer sinal da doença.
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2º Fase - Período assintomático
Essa fase é marcada pela forte interação das células de defesa com as constantes e rápidas mutações do vírus.
"No entanto, isso não gera sintomas de HIV, uma vez que o organismo não fica debilitado o suficiente para ser infectado com novas doenças", explica o infectologista Celso. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
3º Fase - Sintomática inicial
Com o frequente ataque, as células de defesa tem seu funcionamento prejudicado e começam a ser destruídas. "Isso deixa o corpo cada vez mais vulnerável a doenças comuns, como gripe ou infecções", diz o infectologista Stefan.
Essa fase, chamada de sintomática inicial, é marcada pela redução da quantidade de linfócitos T CD4 no sangue. Essas são as células de defesa do organismo ativadas para combater qualquer infecção, seja por vírus ou bactérias.
Os linfócitos T do subtipo CD4 são alvo preferencial do vírus HIV, que as invade para se reproduzir dentro delas e acaba por matá-las.
Os linfócitos T CD4 podem ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue em pacientes com HIV, enquanto os valores de referência variam entre 800 a 1.200 unidades.
"Quanto mais tempo a mulher passa sem o diagnóstico, maiores as chances de desenvolver sintomas", explica o infectologista Celso Granato, do Fleury Medicina e Saúde.
Segundo o infectologista Stefan, os sintomas de infecção por HIV se manifestam geralmente de dois a dez anos após a transmissão. "Quando a mulher desenvolve os sintomas é sinal de que o vírus se replicou durante todo esse tempo e os linfócitos T CD4 começaram a diminuir", afirma.
Este período é marcado por sintomas como:
- Emagrecimento
- Fraqueza
- Anemia" url="4">
- Anemia
- Manchas na pele
- Diarreia
- Erupções e feridas na pele.
É geralmente nessa fase que o diagnóstico da doença é feito, já que a pessoa começa a buscar a causa dos sintomas que está apresentando.
O tratamento com antirretrovirais é iniciado, inibindo a multiplicação do HIV e aumentando o número de linfócitos, restaurando a imunidade.
Saiba mais: Autoteste de HIV: como é feito o diagnóstico?
4º Fase - Avançada
Se a doença não for tratada, o sistema imunológico fica tão comprometido que leva ao aparecimento das chamadas doenças oportunistas.
O infectologista Stefan Ujvari afirma que o organismo saudável consegue combater essas infecções sem problemas, mas no paciente com HIV elas se tornam doenças recorrentes e mais graves.
Esse estágio avançado da infecção que é conhecido como Aids. "Doenças como hepatites virais, pneumonia, toxoplasmose e tuberculose são comuns nessa fase", alerta Stefan.
O não tratamento da doença nesse estágio tende a piorar ainda mais o quadro, causando complicações graves que podem levar à morte. Dessa forma, é muito importante fazer os exames de triagem e diagnosticar a doença o quanto antes.
Sintomas da HIV feminina
Nas mulheres, a baixa imunidade e doenças oportunistas podem também interferir no ciclo menstrual, pois o corpo entende que está havendo alguma dificuldade e corta funções menos vitais para se preservar, como a atividade reprodutiva.
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