O Dr. Marcelo Wulkan é médico desde 2002, cirurgião plástico e membro especialista e titular da Sociedade Brasilei...
iÉ comum na mídia observarmos modismos na cirurgia plástica. "Técnicas milagrosas", "cirurgias sem cicatriz", "emagrecimento rápido", "resultados garantidos": um mar de promessas que dificilmente podem se cumprir. Atualmente, muitas atrizes e modelos têm preferido ter seios menores, de maneira que norteiam a moda para a preferência de se ter mamas menos proeminentes.
Isso está levando algumas mulheres a assumirem seus seios pequenos, enquanto outras mulheres que optaram por implante de silicone nos seios com próteses grandes há alguns anos estão se submetendo à mamoplastia para reduzir a prótese. Mas isso traz algumas consequência: nem sempre é possível reduzir o tamanho do implante mamário mantendo apenas a cicatriz por onde se colocou o silicone. O motivo disso é pelo fato de que uma mama maior tem seus tecidos e pele esticados e, quando se opta por reduzir o tamanho do implante, pode sobrar pele ou mesmo deixar a mama com o aspecto caído.
Em casos nos quais a mudança de tamanho foi muito grande, pode ser necessária uma cicatriz ao redor da aréola, vertical até a base da mama e no sulco da mama; essa cicatriz pode ser semelhante à da mamoplastia redutora ("T invertido"). O cirurgião plástico sempre tenta deixar a menor cicatriz possível.
Quando a diminuição do implante for pequena, eventualmente pode se usar apenas a cicatriz da inclusão do implante (raro) ou associar com a retirada de pele por meio de cicatriz ao redor da aréola e apenas na parte vertical da mama. Algumas vezes, além da retirada de pele, pode ser necessário realizar o remodelamento do tecido mamário, a chamada mastopexia.
A técnica, tamanho do implante retirado, tamanho do implante a ser colocado, idade e qualidade da pele são as principais variantes que vão nortear o resultado e o tamanho da cicatriz final. Por exemplo, pacientes jovens que tem boa elasticidade na pele podem necessitar de menores cicatrizes (por exemplo, apenas vertical na mama e aréola) pois tem capacidade retrátil melhor que em pacientes que já passaram pela menopausa.
Como são muitos fatores e a cirurgia é extremamente individualizada, não é possível recorrer a modismos ou falsas exepctativas; o ideal é sempre passar em consulta com um cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para elucidar as dúvidas.
A última dica é: lembre-se que cada pessoa tem um tipo de corpo, cintura, peito; portanto, o que pode ficar bem numa amiga ou celebridade pode não ficar bem para você. O ideal é o bom senso, pois este nunca sai de moda!