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A dieta do ovo cozido tem atraído diversos adeptos. Essencialmente, ela é baseada no consumo de um ovo cozido antes das principais refeições diárias como café da manhã, almoço e jantar. O intuito da dieta do ovo é promover a saciedade e reduzir o consumo de calorias durante a refeição seguinte, levando ao emagrecimento.
Como fazer a dieta do ovo cozido
Não há propriamente um plano alimentar específico na dieta do ovo cozido, porém existem algumas premissas que podem ajudar.
Vale procurar consumir o ovo sem sal, já que o sódio aumenta a retenção de líquidos ou utilizar o mínimo possível e a ingestão de líquidos deve ser estimulada, especialmente de água.
A simples inclusão dos ovos cozidos antes das refeições, sem ajustes na quantidade e da qualidade da alimentação (em paralelo a um estilo de vida sedentário) por si só não levará ao emagrecimento, pelo contrário, contribuirá para a adição de calorias extras e, consequente aumento de peso.
Há momentos que o ovo pode ser inserido nas refeições. Como pós-treino, em que há a "janela de oportunidade", para garantir a recuperação muscular e síntese proteica neste período. Dependendo das necessidades energéticas, proteína extra pode ser aumentada pela inclusão de uma clara de ovo ou mais.
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Benefícios da Dieta do ovo
- O ovo oferece proteínas de alto valor biológico
- É na clara que se encontra a proteína.As proteínas são necessárias para a síntese e recuperação muscular, sendo aliados para praticantes de exercícios físicos
- possui componentes fundamentais para o bom funcionamento do organismo como enzimas, hormônios e para o transporte de substâncias pelo sangue
- A gema, carrega vitaminas essenciais ao organismo, como a vitamina A, E e D
- O tipo de gordura predominante da gema é do tipo monoinsaturada, considerada, um tipo de gordura "boa"
- O ovo possui vitaminas do complexo B, como a biotina, riboflavina e a colina, responsável pelo funcionamento de diversas ações neurológicas, como contração muscular e memorização
Por que a Dieta do ovo cozido ajuda a emagrecer?
A relação entre o consumo de ovos e o emagrecimento é atribuído a alguns fatores:
- Pela presença de proteínas, sobretudo (aproximadamente 6g numa unidade média, considerando que 1 ovo médio tem equivalência calórica muito próxima à 1 porção de fruta), traz mais saciedade em comparação ao consumo da mesma porção de carboidratos
- Alguns estudos documentam que o consumo de proteínas na primeira refeição do dia tende a promover maior saciedade e melhor controle da ingestão alimentar pela ingestão de menos alimentos calóricos ao longo do dia.
- Adicionalmente, por apresentar proteínas e gorduras em sua composição, não causa picos de glicose e, consequentemente, a resposta para o organismo secretar uma quantidade elevada de insulina, evitando assim grandes oscilações da glicemia.
- Adicionalmente, por apresentar proteínas e gorduras em sua composição, não causa picos de glicose e, consequentemente, a resposta para o organismo secretar uma quantidade elevada de insulina, evitando assim grandes oscilações da glicemia.
Como consumir outros grupos alimentares
Além do consumo de ovo nas refeições outros grupos vegetais também podem ser incluídos na dieta do ovo.
- Vegetais folhosos (verde-claro e escuros, bem como legumes crus e cozidos). Estes alimentos ajudam a garantir a saciedade
- Uma sugestão rica em nutrientes e vitaminas é, consumir as frutas com casca e bagaço
- Proteínas como peixes, carnes vermelhas ajudam a manter uma maior variedade alimentar (o ideal é consumir esses alimentos ao menos duas vezes por semana)
- Os laticínios, como leite, queijos e iogurtes - na forma desnatada e sem adição de açúcar - também são boas fontes de proteínas
- O consumo de cereais, grãos e pães integrais também auxilia a obter saciedade
- Oleaginosas (castanhas, nozes e amêndoas) são fontes de gorduras "boas"
Como a dieta não deve ser feita
A dieta do ovo não deve ser feita de modo em que o ovo seja consumido em excesso. Por ser um alimento rico em proteína, o excesso pode aumentar o ácido úrico, colaborar para a perda de cálcio nos ossos, aumentar as chances de cálculo renal e aumento de colesterol.
A programação da alimentação, o conteúdo calórico e tempo de seguimento de um plano alimentar hipocalórico deve estar alinhado com as necessidades energéticas individuais, considerando também possíveis doenças ou outras condições de saúde existentes. É necessário entender que o consumo do ovo cozido deve estar associado a um cardápio balanceada. Por isso, a dieta do ovo não surtirá efeito se não estiver acompanhada de uma alimentação saudável e à prática de exercícios.
Saiba mais: 8 hábitos que garantem o sucesso da sua dieta
Por que ovo cozido e não frito ou feito de outra forma?
Para ser frito, é necessário a adição de algum tipo de gordura, agregando calorias extras à alimentação, que vão se somando, considerando o consumo de mais de uma unidade no decorrer do dia. Estima-se que uma unidade média de ovo cozido apresente em média 71 kcal e, ao fritá-lo, esse valor sobe para quase 120 kcal. Adicionalmente, as altas temperaturas necessárias para a fritura, podem ocasionar perdas de compostos antioxidantes termosensíveis (sensíveis às altas temperaturas), como a vitamina E.
Além do ovo cozido, vale lembrar que existem formas de preparo tais como o ovo pochê e outras técnicas culinárias que não necessitam do uso de algum tipo de óleo, e empregam o uso de água e frigideiras antiaderentes.
Vale ressaltar que o ovo cru não deve ser consumido pelo risco contaminação bacteriana, especialmente pela Salmonella.
Contraindicações
Alguns estudos sugerem uma associação de risco entre o consumo de ovo e pacientes diabéticos. Outros sugerem exatamente o contrário. Portanto, é interessante que portadores da doença conversem com seu médico sobre ingerir o alimento. Pessoas com colesterol elevado também devem consultar o médico sobre o consumo do ovo.
Pacientes que possuem insuficiência renal, insuficiência hepática, osteoporose, osteopenia também devem consultar o médico para seguir uma alimentação adequada. A dieta do ovo cozido não é recomendada para gestantes e crianças.
Fontes consultadas
Roberto Navarro, nutrólogo, CRM: 78392/SP
Clarissa Fujiwara, nutricionista, CRN: 32841/SP