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Um estudo recente realizado pelo Ambulatório de Estudos em Sexualidade Humana da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, São Paulo, constatou que homens e mulheres brasileiros preferem a depilação completa da região genital feminina. Além disso, descobriram a ausência de sintomas clínicos vaginais após a extração dos pelos pubianos.
Através de um questionário divulgado no blog do Ambulatório, os participantes puderam responder perguntas como "Qual tipo de depilação você prefere?" e "Por que motivo prefere dessa forma?". Para as mulheres, também foram feitas perguntas sobre o aparecimento de sintomas clínicos genitais depois da depilação.
A pesquisa teve participação de 52.787 mulheres e de 17.133 homens, com idade acima de 18 anos e de todas as regiões do país. Segundo os dados, 64,3% das mulheres e 62,2% dos homens declararam preferir a área genital feminina completamente depilada.
Contudo, houve uma diferença entre as respostas, para as mulheres a higiene é o principal motivo para remoção dos pelos, enquanto que para os homens isso é uma questão de beleza.
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Os resultados mostram que a depilação total da genitália feminina é preferida por mulheres e homens com maior frequência sexual, além das mulheres que estão mais satisfeitas com a aparência de seus órgãos genitais e sentem desejo sexual com mais frequência.
De acordo com o estudo, quanto mais alta a faixa etária, menor a preferência pela depilação completa e maior o gosto pela extração parcial dos pelos. A depilação parcial foi escolhida por 31,89% das mulheres participantes e 31,38% dos homens. O número foi ainda menor entre aqueles que não preferem realizar nenhum tipo de depilação: 2,65% das mulheres e 4,26% dos homens.
As mulheres participantes tiveram que responder se sentiam algum tipo de desconforto como coceira na vulva ou corrimento vaginal após a extração completa dos pelos. Conforme os dados publicados, 34,95% das participantes afirmaram a ausência de sintomas, 16,84% disseram sentir vermelhidão e 12,96% relataram a ocorrência de pelos encravados.
No entanto, os pesquisadores não observaram a técnica usada para depilação, que pode afetar na aparição de sintomas. Para os investigadores, novos estudos mais complexos devem ser realizados para entender sobre a prática.