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Qual tipo de parto dói menos? Em qual a recuperação é mais rápida? É preciso tomar anestesia? Na cesárea a cicatriz fica muito grande? Essas são apenas algumas das inúmeras duvidas que circulam pela mente das mulheres grávidas. É importante lembrar que a escolha do parto não depende apenas da decisão do médico, mas também daquilo que a mulher deseja fazer. Contudo, existem situações inesperadas durante um parto, mesmo que a mulher tenha optado pelo parto normal, as circunstâncias na hora do nascimento podem fazer com que o médico mude a decisão e faça uma cesariana.
Após o parto é normal que a mulher se sinta mais cansada e tenha algumas mudanças hormonais decorrentes da lactação, podendo alterar a lubrificação vaginal, diminuir seu desejo sexual temporariamente e, inclusive, que ela sinta dores quando fizer sexo.
Segundo com um estudo realizado em Melbourne, na Austrália, sentir dor durante o sexo é mais comum em mulheres que fazem cesariana ou parto normal com auxílio da extração a vácuo. A pesquisa foi publicada pelo periódico "BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynecology".
Para a análise, os pesquisadores entrevistaram 1.244 mães de primeira viagem em cinco momentos: antes de darem à luz e aos 3, 6, 12 e 18 meses após do nascimento. As mulheres foram questionadas sobre o relacionamento com o parceiro e a vida sexual, além de fatores que poderiam contribuir para dor, como a amamentação, a fadiga, a depressão pós-parto e até mesmo o abuso.
Os resultados mostram que cerca de 53% delas disseram que retomaram algum tipo de contato sexual após seis semanas decorridas do parto. No entanto, 41% afirmaram ter esperado ao menos seis semanas para o sexo vaginal depois de ter o bebê. Aproximadamente 24% disseram ter esperado oito semanas, enquanto 13% afirmaram que esse intervalo foi de 12 semanas e 16% esperaram cerca de seis meses antes de retomar as relações sexuais normalmente.
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Além disso, eles descobriram que as mulheres que fizeram cesariana ou tiveram parto normal com ajuda de um extrator a vácuo, aparelho que ajuda a puxar o bebê para fora do canal vaginal, tinham o dobro de chances de ter dor durante o sexo por até 18 meses depois de dar à luz.
De acordo com os autores da pesquisa, a maioria das mulheres tiveram dor no sexo em algum momento, mas o tempo pelo qual se estendeu a dispareunia (dor na relação sexual) estava associada com o tipo de parto. Os pesquisadores notaram também que lesões no períneo, que acontecem principalmente quando se usam aparelhos como o extrator a vácuo, estava relacionada à dor no sexo.
A recuperação pós-parto pode variar de mulher para mulher, os médicos costumam recomendar que as mulheres aguardem entre quatro e seis semanas para voltar a se relacionar sexualmente com o parceiro. Este período é necessário para que o útero se recupere dos "danos" sofridos ao longo da gestação e também do parto, como hemorragias, dilatação e possíveis lesões. Entretanto, é essencial sentir-se à vontade para voltar a realizar atividades sexuais, além de conversar com o médico para entender quais as precauções devem ser tomadas.