
Médico cirurgião plástico formado pela conceituada escola da UFRJ, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plást...
i
Muitas pessoas desejam fazer uma cirurgia plástica em busca do que elas consideram uma perfeição estética. No entanto coibir os exageros da cirurgia plástica é papel do médico evitando frustração pessoal do paciente.
O bom senso e a ética médica devem reger a busca pelo melhor contorno corporal e imagem facial, seguindo ou não padrões de beleza atuais. Mas, para tanto, é essencial respeitar o tempo de recuperação para afastar complicações e evitar que o paciente tome uma atitude precipitada e tenha arrependimento futuramente. E nunca pense em fazer mais de uma cirurgia plástica por ano na mesma região!
Como saber se o paciente está exagerando?
O médico não pode cometer abusos, realizando muitas cirurgias plásticas no mesmo paciente, ou seja, atendendo todos os desejos de beleza, sem respeitar os limites médicos. O cirurgião plástico brasileiro é muito prestigiado mundialmente. Qual a origem dessa referência? É respeitar o momento certo, os critérios de avaliação e reconhecer o bom profissional, o local adequado e ter conhecimento do que é possível e o que é melhor. As técnicas mais avançadas facilitam atingir o melhor resultado. É preciso ter conhecimento dos avanços, mas também das limitações, para não desencadear problemas de saúde ou frustração pessoal no paciente.
O paciente deve ser submetido a uma série de exames que deverão atestar as reais condições de saúde. Avaliação cardiológica, hemograma completo, exame de urina são exames que permitem a realização com segurança de um ato cirúrgico. Quando a cirurgia é nos seios, deve sempre ser solicitada mamografia. As condições de saúde, uma avaliação estética da cirurgia e entender se a mudança desejada é realmente necessária é o primeiro passo para o sucesso do procedimento estético cirúrgico.
A importância de ouvir seu cirurgião
É importante deixar claro para o paciente que a cirurgia plástica não é uma solução estética milagrosa. E deixar bem claro que a alteração pode ser sutil e os resultados variarem de uma pessoa para outra. A mesma técnica aplicada num paciente pode não ter o mesmo resultado em outro. Seguindo todas as recomendações, são grandes as chances do paciente ficar satisfeito com o resultado, sem exageros que geram frustração ou enganos de ordem pessoal.
Quando a pessoa ignora os riscos de adotar um determinado procedimento, em nome da forma estética perfeita, apenas para seguir um padrão de beleza ideal é alarmante e o perigo de uma aparência artificial é iminente. Existem pessoas que desenvolvem uma obsessão por plástica, sobretudo mulheres, que cometem exageros em nome da beleza. Os pedidos abusivos de intervenções devem ser coibidos pelo especialista, utilizando o bom senso e respeitando os limites da Medicina.
A seriedade do profissional tem como base a relação médico-paciente, no primeiro contato no consultório e, portanto, a atitude correta é orientar sobre os exageros. A cirurgia plástica exige limites e critérios rígidos de avaliação. A ética é reconhecer a necessidade e indicar o procedimento adequado.